Em dez anos Curitiba entregou só 360 moradias populares

Programas de moradia popular receberam R$ 30 milhões de investimento no período para tentar reduzir déficit de 92 mil moradias da cidade

A cidade de Curitiba tem um déficit habitacional de 92.008 unidades segundo a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), mas nos últimos dez anos o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social (FMHIS) entregou o total de 360 moradias populares. Os dados são do Portal da Transparência do município. Dessas residências, 292 foram contratadas e 68 entregues durante o mandato do ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT). Já nos oito anos de gestão Rafael Greca (PSD), 27 casas foram contratadas e 301 entregues. Isso representa uma média 32 casas populares entregues por ano em uma cidade com 1,8 milhão de habitantes.

O principal investimento feito no período na área foi o projeto da Vila Acrópole. A iniciativa teve aporte de R$ 17,6 milhões de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contrapartida de R$ 2 milhões, do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social (FMHIS). O projeto foi licitado em 2013, teve início em 2015 e foi entregue em 2019 com a conclusão de 174 unidades habitacionais.

De 2013 até hoje, a cidade registrou sete anos com a entrega de menos de dez residências populares. O baixo investimento na área é um dos focos dos pré-candidatos à prefeitura que concorrem contra o candidato do prefeito Rafael Greca, o vice Eduardo Pimentel. O desafio é tentar mostrar como aumentar investimentos na área.

Os dados de moradias populares construídas foram compilados a partir dos valores contratados pelo município desde 2012. O déficit habitacional inclui o número de inscrições em programas de moradia popular e as famílias que hoje estão em áreas de ocupação irregular.

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3 comentários em “Em dez anos Curitiba entregou só 360 moradias populares”

  1. O Fundo Municipal de Habitação não é o único programa habitacional no município. Tem outros programas como Minha Casa Minha Vida, PAC, Promoradia, Fonplata, Agência Francesa e recursos diretos do município. Só na gestão do Gustavo Fruet foram produzidas mais de 10 mil unidades habitacionais. E também deveria ser esclarecido a atuação dos outros programas habitacionais pois em todos eles sempre existe a participação financeira do município.

    1. João, o FMHIS não é um programa. É o fundo que gerencia os recursos da área. Todo dinheiro que é gerenciado pela prefeitura passa pelo fundo. O levantamento leva em consideração todas as licitações do período. Quando vc cita o Minha Casa, Minha Vida, trata-se de um governo federal cujos recursos não eram gerenciados pelo município. Em alguns casos, o município foi responsável pela promoção de ações de realocação de famílias (como o cadastro, identificação de demanda, cursos e oficinas etc), mas não das obras em si. Att, Rosiane

      1. Eu fui funcionário da Cohab por mais de 35 anos como engenjeiro civil e passei por todos os cargos técnicos de um engenheiro culminando com o cargo de Diretor Técnico por 4 anos, durante a gestão do Gustavo Fruet. Todos os progrtamas habitacionais tiveram aportes dos recursos minicipais, inclusive MCMV quando realizamos empreendimentos em áreas do município, ou em áreas desapropriadas pelo município. O FMHIS é um fundo que recebe recursos do Potencial Construtivo ou Solo Criado, mas tem características de programa pois sempre foi utilikizado para aprodução Habitacional de Interesse Social do Município. Durante a nossa gestão produzimos mias de 10.000 unidades habitacionias e Regularizamos mais de 12.000 Imóveis irregulares provenientes de Ocupações Irregulares. O programa MCMV realmente é um programa do governo federal, mas tem forte gestão do município principalmente quenado se trata da Faixa 1 do programa que é a faixa destinada às familias mais pobres, e em vários empreendimentos o município participou com a desapropriação de áreas ou utilizando suas próprias áreas públicas. No PAC da Habitação, programa do governo federal, houveram pesadas contribuições municipais para a produção de milhares de casas e equipamentos publicos. Da maneira que foi titulada a matéria parece que não houveram aportes do municipio nestes 10 anos mencionados, e é uma noticia totalmente errada como demonstrei. Obrigado

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