A empresa 99 Táxi foi condenada a pagar R$ 10 mil em indenização para a professora Dayane Padilha, agredida por Leonardo De Cól Beatrici, motorista que trabalhava por meio da plataforma. A condenação é na esfera civil. Em esfera criminal Beatrici foi condenado, mas o processo está em fase de recurso.
Padilha usou o aplicativo 99 Táxi para ir até a aldeia indígena de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, no ano passado. O aplicativo direcionou o motorista para o endereço errado e quando a passageira indicou o correto ele queria cobrar a mais, diretamente.
A professora se recusou a pagar a mais, já que o próprio aplicativo corrige os valores, e acabou agredida. O motorista também disse ofensas raciais e retirou a passageira à força do veículo. A situação foi registrada em vídeo (assista aqui).
Ouça agora: PL do aborto representa retrocesso no direito das mulheres
De acordo com o advogado que representa a vítima, Valnei França, a decisão reforça que as empresas são responsáveis pelo comportamento dos motoristas parceiros. “A sentença que ratificou a responsabilidade civil da 99 no caso da Day confirma a confiança social no judiciário. Um caso de tamanha repercussão por conta das diversas camadas de violências envolvidas precisa de uma resposta institucional, uma resposta do Estado. Não podemos admitir que violências de gênero como essa sejam normalizadas e isso passa pela responsabilização das empresas também”, disse.
À época a 99 Táxi desligou Beatrici da plataforma. Ele responde criminalmente por lesão corporal.
Sobre o/a autor/a
