TRE-PR realiza teste de acessibilidade em urnas eletrônicas

Novos recursos de acessibilidade das urnas foram testados e aprovados por pessoas com deficiência visual

Na última quarta-feira (19), o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) realizou um teste da acessibilidade da urna eletrônica para pessoas com deficiência visual. O teste foi feito com o auxílio do Instituto Paranaense dos Cegos e mostrou as principais atualizações na acessibilidade das urnas para as eleições municipais de 2024.

A principal mudança neste pleito é que agora pessoas cegas ou de baixa visão serão guiadas pela voz sintetizada ‘Letícia’ na hora da votação. Além de oferecer instruções básicas para dar início ao processo, a ferramenta de sintetização informará o cargo onde os eleitores estão votando no momento, os números digitados e o nome da candidatura. 

Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Júlio Valente, todos os eleitores têm direito a utilizar esses recursos. “Existe a possibilidade tanto da pessoa com deficiência visual cadastrar essa característica como eleitor, junto aos cartórios eleitorais, antes do fechamento do cadastro, e nesse caso, quando ele vai votar, o áudio já é habilitado automaticamente. Agora se ele não fez este cadastro prévio no dia da eleição, quando ele for votar e se apresentar aos mesários, basta ele indicar o desejo de utilizar o fone de ouvido”, diz.

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Outra novidade nas eleições municipais de 2024 são os recursos que permitem aumentar ou diminuir o volume das urnas, ou acelerar, ou reduzir a velocidade da fala. Este recurso já estava presente nas eleições de 2020, mas esta será a primeira vez deles em eleições municipais.

O eleitor Gilberto Ozawa, técnico de informática, e tem baixa visão, elogiou os novos recursos. “Na hora do teste aqui estava no silêncio, mas tinha a opção de aumentar o volume, mas não sentia essa necessidade. Achei que o som estava muito claro e nítido”, diz.

O presidente do Instituto Paranaense dos Cegos, Enio Rodrigues da Rosa, também realizou o teste da urna e ressaltou a importância da inclusão de pessoas com deficiência em todas as camadas das eleições. “Eu diria que as pessoas cegas que estão na luta pelos seus direitos e inclusão, tem que participar do processo eleitoral. Não tenho dúvidas de que as pessoas com deficiência devem participar sendo candidato, mesário e votando”, diz. 

Além da voz sintetizada ‘Letícia’, as urnas eletrônicas contam com o Sistema Braile. Também para auxiliar eleitores com deficiência auditiva, o equipamento conta com um intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na tela para informar os cargos que estão em votação no momento. Estes recursos estão disponíveis em todas as urnas eletrônicas do Paraná e podem ser observados por todos os eleitores.

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