Foi sancionada a lei que insere a Marcha do Orgulho Crespo no calendário oficial de eventos de Curitiba. O projeto aprovado na Câmara é de autoria da deputada federal Carol Dartora (PT), e foi apresentado em novembro de 2022, enquanto ela ainda era vereadora.
O projeto seguiu tramitação com as petistas Giorgia Prates e Professora Josete depois que Dartora foi eleita deputada. A aprovação aconteceu no início deste mês e já houve publicação em diário oficial.
A lei prevê que em todo 12 de Novembro é dia da Marcha do Orgulho Crespo. “A Marcha tem o objetivo de denunciar o racismo, conscientizar a população e oferecer momentos de troca de informações, técnicas e cuidados para a população negra de Curitiba e região, tendo em vista o racismo estético que afeta a construção de subjetividades, empregabilidade e gera violência contra a população negra”, diz o texto.
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Em Curitiba o Movimento Negro organiza a marcha desde 2016, que só foi suspensa durante o período da pandemia. Neste ano a Marcha reuniu centenas durante as atividades do Mês da Consciência Negra.
A partir de 2024 a Marcha está oficialmente no calendário do município o que na prática facilita a organização do evento.
Origem
A cantora Michele Mara foi vítima de racismo por conta do seu cabelo black power. O caso aconteceu na rua XV, em Curitiba. À época a artista registrou boletim de ocorrência (veja abaixo) e usou as redes sociais para demonstrar sua indignação.
“Dona da loja de origem chinesa vem e começa a gritar com você em inglês e em português dizendo que você não pode experimentar porque seu cabelo pode danificar o produto, mas minha amiga que é branca pode”, publicou no Facebook em julho de 2016.
Desde então o Movimento Negro de Curitiba se organizou para realizar a Marcha, que valoriza a estética afro.
*Com informações da Câmara de Curitiba