A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de Curitiba para 2025 mostra que a escalada na evolução da cobrança de impostos em Curitiba continuará subindo significativamente nos próximos anos. A prefeitura estima para o ano que vem um aumento de 16% na arrecadação de impostos e taxas, um crescimento muito superior ao do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) previsto para o período, que é de 3,55%. O Plural sistematizou os dados de arrecadação desde 2018 – Greca assumiu a prefeitura em 2017, mas sua primeira lei orçamentária no período é a de 2018 – e verificou que a receita com impostos foi de R$ 2,8 bilhões em 2018 para uma previsão de R$ 5,75 bilhões em 2025.
Muito embora a cidade vá registrar um aumento discreto no Imposto de Renda Retido na Fonte, os principais impostos a verem aumento no período são o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). No caso do ISS, em 2021 houve uma mudança na legislação federal que está fazendo uma transição da cobrança do imposto na origem para a cobrança no destino (ou seja, na cidade onde está o consumidor do serviço). Essa mudança é um dos fatores de aumento na arrecadação desse tributo em Curitiba.
Já o IPTU tem outra razão para ter aumentado. Em 2022, a Câmara Municipal aprovou a atualização da Planta Genérica de Valores. Apesar de na época os vereadores da base do governo terem afirmado que o projeto não afetaria significativamente a população, os dados da própria prefeitura mostram que de 2022 para 2025 a previsão de 44% de aumento na arrecadação do tributo, ou 31 pontos percentuais acima da inflação do período. Em valores, são R$ 349 milhões a mais que deverão ser pagos pela população em 2025 acima da correção inflacionária.
Ainda no setor imobiliário, a receita da prefeitura com a cobrança de Imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI) cresceu 82%, de R$ 330 milhões para R$ 601 milhões. Uma das ações da prefeitura nessa área foi criar condições especiais para legalização dos chamados “contratos de gaveta”, ou seja, quando comprador e vendedor não registram a mudança de titularidade, deixando de pagar as taxas cartorárias devidas.
O amor que o Prefeito tem pelos ” Curitibanos” ,venceu!( Contém ironia).
Basta cada propietário de imóvel situado em curitiba comprar o valor cobrado a título de IPTU de cada ano em relação ao ano anterior para notar o arrocho imposto pela gestão atual ao contribuinte.