O desembargador Luís César de Paula Espíndola, responsável por declarações ofensivas contra as mulheres na sessão da 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça Paranaense, decidiu tirar três semanas de licença remunerada. Aparentemente, a ideia é deixar que o escândalo causado pela fala caia no esquecimento antes que ele volte a participar de novos julgamentos.
Espíndola participou na semana passada do julgamento de um caso de assédio contra uma menina de 12 anos, em que o acusado era professor de uma escola pública. O desembargador desdenhou da hipótese de homens assediadores afirmando que hoje são as mulheres que “correm loucas atrás de homens”; ou seja, dá a entender que são as meninas, como a vítima do caso, que são assediadoras, e não o contrário.
As declarações foram objeto de repulsa até mesmo dentro do TJ. A presidente da seccional paranaense da OAB, Marilene Winter, gravou um vídeo repudiando a fala. Nesta quarta, estava previsto um protesto de mulheres no Tribunal.
O Ministério Público do Paraná afirmou que entrou com um pedido de informações no Tribunal de Justiça para saber o motivo do afastamento remunerado de Espíndola. Uma Notícia de Fato foi aberta ara apurar o caso.
Pode ter ido dar uma ” corridinha” no Barigui.