O prazo para que o Conselho Universitário componha a lista tríplice de candidatos à Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) indica que a consulta pública a alunos, técnicos e professores deverá ser realizada em meados de setembro deste ano. As três categorias têm direito a se manifestar e, em geral, o nome mais votado na consulta encabeça a lista tríplice enviada ao presidente da República.
A indefinição da data da consulta vem causando irritação nos candidatos que se opõem à atual Reitoria, e que reclamam que terão um tempo curto de campanha. Oficialmente, porém, a culpa pela demora vem sendo colocada na greve encerrada recentemente pro professores e técnicos da universidade. A Comissão Paritária de Consulta, que define a data da eleição, é formada por representantes das três categorias.
A consulta deve ser realizada com três chapas, que precisam se inscrever oficialmente nos próximos dias. O candidato do atual reitor, Ricardo Marcelo Fonseca, é o pró-reitor Fernando Mezzadri. A atual vice-reitora, Graciela Bolzon, lançou uma candidatura independente. E o professor Marcos Sunye é o nome da oposição.
Assim que as chapas forem registradas, deve ter início a campanha eleitoral. A tradição manda que os candidatos derrotados na consulta retirem seus nomes da disputa – se isso se confirmar, o Conselho Universitário compor a lista tríplice com o nome mais votado e dois outros nomes que têm valor apenas formal.
A única vez em que essa tradição foi desrespeitada na era pós-democratização foi em 2020, quando o candidato derrotado, professor Horácio Tertuliano Filho, embora tenha recebido uma quantidade ínfima de votos, tentou entrar na lista tríplice com esperança de que o então Presidente, Jair Bolsonaro (PL), escolhesse seu nome em função da proximidade ideológica. A manobra, no entanto, fracassou, e o Conselho Universitário indicou outros nomes para completar a lista encabeçada por Ricardo Marcelo.