Em nova fase da operação que investiga o uso ilegal de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar autoridades legais, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão em Curitiba. Ao todo foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Curitiba e outras quatro cidades.
A ação da PF ocorreu nesta quinta-feira (11), durante a 4ª fase da Operação Última Milha. O objetivo das buscas é desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas por meio da chamada Abin Paralela.
Os Policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nas cidades de Brasília (DF), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Curitiba (PR).
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Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.
Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.
Os alvos de busca e apreensão foram Mateus de Carvalho Sposito, ex-assessor da Coordenação-Geral de Conteúdo e Gestão de Canais da Secretaria de Comunicação Institucional; José Matheus Sales Gomes, integrante da Assessoria Especial da Presidência; Daniel Ribeiro Lemos; Richards Dyer Pozzer, engenheiro e influencer de Curitiba supostamente responsável por propagação de desinformação, Rogério Beraldo de Almeida, também influencer, Marcelo Araújo Bormevet, policial federal, que segundo a PF, era homem de confiança do delegado Alexandre Ramagem ex-diretor da Abin e Giancarlo Gomes Rodrigues, subordinado de Bormevet.
Durante a ação, três dos investigados foram presos entre eles estão Bormevet, Sposito e Pozzer.
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