Veja quem são os candidatos a prefeito de Curitiba

Com o fim das convenções, já é possível saber quem vai disputar a Prefeitura de Curitiba em outubro

Depois de vários meses de espera e de negociações, as eleições para prefeito de Curitiba finalmente têm um quadro mais claro agora, que as convenções partidárias vão se encerrando. A disputa terá mais candidatos do que se poderia esperar, já que o assédio do governo de Ratinho Jr. (PSD) não foi bem-sucedido em eliminar oponentes de Eduardo Pimentel (PSD). Veja a seguir quem são os concorrentes a prefeito e quais são as principais características de cada candidatura:

Eduardo Pimentel (PSD)

Foto: Tami Taketani/Plural

É de longe a candidatura mais rica e mais estruturada deste ano em Curitiba. Vice-prefeito desde 2017, Eduardo Pimentel tem apoio tanto do prefeito Rafael Greca (PSD) quanto do governador, Ratinho Jr. (PSD). Tem apoio de dois terços da Câmara de Curitiba e uma coalizão de diversos partidos, o que, além de dinheiro, deve garantir a ele tempo de tevê. Eduardo Pimentel é filho de duas famílias ricas de Curitiba: seu avô materno é o ex-governador Paulo Pimentel, ligado à ditadura militar; seu pai é proprietário de diversas empresas e foi presidente da Associação Comercial do Paraná. Seu vice será o ex-deputado federal Paulo Martins (PL), o que garante à chapa o apoio do bolsonarismo.

Ney Leprevost (União)

Foto: Tami Taketani/Plural

Deputado estadual com longa trajetória na política curitibana, Leprevost já chegou em 2016 ao segundo turno da eleição municipal, sendo derrotado pelo atual prefeito, Rafael Greca. Em 2020, chegou a lançar a candidatura, mas foi traído por Ratinho Jr. e foi forçado a desistir. Dessa vez, voltou a ser assediado pelo Governo do Paraná para que desistisse, mas recebeu apoio do senador Sergio Moro (União), que lhe ofereceu a esposa, Rosangela Moro (União) como vice, e decidiu manter-se na disputa. Tem apoio de poucos partidos e apenas de um vereador, seu irmão Alexandre Leprevost (União)

Luciano Ducci (PSB)

Foto: Tami Taketani/Plural

Atualmente deputado federal, já foi prefeito de Curitiba entre 2010 e 2012, quando assumiu após a renúncia de Beto Richa (PSDB), que saiu da Prefeitura para ser candidato ao Governo do Paraná. Embora tenha sido vice de Richa, Ducci agora aparece como o candidato de uma coalizão de centro-esquerda, que inclui o PT e o PDT – partido de seu candidato a vice-prefeito, o deputado estadual Goura. Embora o apoio do PT lhe dê estrutura de campanha, segue muito criticado pela militância, principalmente por ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016.

Roberto Requião (Mobiliza)

Foto: Tami Taketani/Plural

Maior vencedor de eleições na história recente do Paraná, com três mandatos de governador e dois no Senado, Roberto Requião é hoje um candidato quase à margem do sistema partidário. Depois de perder o controle do MDB, foi candidato em 2022 pelo PT, mas não se acertou com a cúpula do partido e migrou para o nanico Mobiliza. Tentou coligações com partidos maiores, como o PDT, para ter dinheiro e tempo de tevê, mas nem mesmo o PSOL aceitou a parceria. Aos 83 anos, sem mandato, não tem mais o poder que teve em outros momentos, mas pode atrapalhar a candidatura de Ducci.

Luizão Goulart (Solidariedade)

Foto: Tami Taketani/Plural

Prefeito de Pinhais por dois mandatos, saiu com uma popularidade recorde, chegando a ter 94% dos votos em sua reeleição. Fez a sucessora e se elegeu deputado federal com facilidade. Em 2022, fez mais de 120 mil votos para sua reeleição, mas não conseguiu vaga na Câmara porque seu partido não teve quociente eleitoral. Em Curitiba, é um novato, embora tenha a simpatia de moradores que vivem na divisa com Pinhais.

Maria Victoria (PP)

Foto: Orlando Kissner/Alep

Deputada estadual, é filha do ex-ministro Ricardo Barros (PP) e da ex-governadora Cida Borghetti (PP). Tentou ser vice de Eduardo Pimentel ou primeira-secretária na chapa de Alexandre Curi (PSD) que deve ser eleita para presidir a Assembleia. Não tendo conseguido, volta a ser candidata à Prefeitura de Curitiba, como já fez em sucesso em 2016.

Andréa Caldas (PSOL)

Foto: Tami Taketani/Plural

Professora da UFPR, já foi candidata a vice-reitora em 2016, numa chapa que terminou em segundo lugar. Pela primeira vez, disputa um cargo majoritário. Seu partido nunca conseguiu sucesso nas eleições curitibanas, mas neste ano espera eleger seus primeiros vereadores, embalado em parte pelo sucesso da candidatura de Guilherme Boulos em São Paulo.

Cristina Graeml (PMB)

Foto: Tami Taketani/Plural

Jornalista da Gazeta do Povo, ficou conhecida por posições radicais de direita, incluindo um movimento contra a aplicação da vacina contra a Covid em jovens. Faz sucesso no YouTube, mas foi demitida da Jovem Pan por ser radical demais mesmo para a emissora. Não tem apoios políticos nem estrutura, embora tenha muitos fãs na Internet. A candidatura de Cristina é repudiada pela direção nacional do PMB, e o caso está na Justiça.

Samuel de Mattos (PSTU)

Partido mais à esquerda dos que lançaram candidatura neste ano em Curitiba, o PSTU lançou o carteiro Samuel Mattos. O partido não tem apoios e tem pouquíssima estrutura e costuma lançar campanhas mais para difundir suas pautas do que propriamente pela esperança de eleger de fato seus candidatos.

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3 comentários em “Veja quem são os candidatos a prefeito de Curitiba”

  1. Revendo velhos lobos da política se perpetuarem , mesmo atraves de seus descendentes, há nítido desinteresse em incentivar novos cidadãos em participar da política, clara ganância dos mesmos em manter seus privilégios

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