Em maio de 2023 a prefeitura de Curitiba lançou o projeto do novo inter 2 que prevê a requalificação da infraestrutura viária da Avenida Pres. Arthur Bernardes e a criação de um “terminal” na via. No projeto, o corte de 230 árvores ao longo da via foi questionado por moradores da região. Agora, um ano e três meses depois do lançamento do projeto e com o inicio das obras na região as árvores parecem estar com os dias contados.
Para evitar o corte das árvores, o projeto será debatido na Câmara Municipal de Curitiba (CMC). A audiência pública é aberta à população e acontecerá no dia 13 de agosto (terça-feira). Para participar da audiência é possível confirmar sua presença pela internet (aqui).
Na última terça-feira (06), os primeiros maquinários foram posicionados no entorno da via. A rua Cel. Airton Plaisant entre as ruas João Jose Pichet e R. Bocaiuva já está em obras para requalificação da via. Até o momento da publicação desta reportagem a prefeitura não confirmou se as obras que foram iniciadas fazem parte do projeto do Inter 2.
Mesmo com a incerteza do motivo do maquinário estar operando no Santa Quitéria, os moradores da região se preocupam com o corte de mais de 230 árvores previsto no projeto original.
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De acordo com o movimento S.O.S Arthur Bernardes articulado por curitibanos que moram próximos à avenida, a ideia não é ir contra uma obra de mobilidade urbana, mas sim questionar a derrubada de árvores em um dos maiores corredores verdes de Curitiba.
Ainda segundo o movimento, a falta de transparência e conversa com a população sobre o projeto causa estranheza. “Estamos com uma problemática muito grande porque hoje de manhã as máquinas já chegaram na Arthur Bernardes. Não sabemos se é já para começar esta obra, mas é importante dizer que […] a população está pedindo veementemente que a Prefeitura pare para ouvir e não faça esta obra agora”, disse a vereadora Giorgia Prates – Mandata Preta (PT), ao pedir apoio do plenário para a aprovação da audiência pública.
Além dos moradores da região, representantes da Prefeitura de Curitiba, em especial as secretarias municipais de Obras Públicas (SMOP) e do Meio Ambiente (SMMA), e o Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) também vão participar do projeto.
Também é esperada a participação da Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público do Paraná (MPPR) e da Defensoria Pública do Estado (DEP), e de acadêmicos. O vereador Marcos Vieira (PDT) também assina o pedido para realização do debate.
Não causa estranheza nenhuma prefeitura querer fazer a obra sem sequer ouvir a comunidade. Falta de transparência e de comunicação com a população são características constantes na gestão Greca, que não dá a menor importância para o que a população pensa e quer.
A cidade cresce e o trânsito piora a cada dia.
Este é o preço do progresso.
Se for para melhorar, que venha.
Faz tempo que Curitiba não é colônia e precisa se modernizar. Parece que muitos ainda não perceberam as necessidades de uma metrópole.
Nem sempre o que a população pensa e quer são do interesse e das necessidades da cidade. Para isso existem profissionais qualificados para tais serviços.