Traiano pode ganhar gabinete feito sob medida após presidência. Custo é desconhecido

Funcionários dizem que presidente não quer ocupar gabinete "normal" a partir de 2025. Assembleia não informou o custo da obra

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) está reformando o local onde funciona a Diretoria de Comunicação da Casa. O Plural ouviu quatro funcionários da Alep, que pediram anonimato. Segundo eles, o objetivo é instalar um novo gabinete para o deputado Ademar Traiano (PSD), que deixará a presidência do Legislativo em fevereiro do ano que vem. A Assembleia informou apenas que “melhorias no Prédio da Administração são realizadas de forma permanente” e não informou o custo da obra.

A presidência da Assembleia tem um gabinete próprio, que a partir de 2025 será ocupado por Alexandre Curi (PSD), eleito no início deste mês para o próximo mandato, que vai até fevereiro de 2027. Segundo os funcionários ouvidos pelo Plural, Traiano teria se recusado a ocupar um dos gabinetes destinados aos demais deputados. Com isso, o Departamento de Comunicação da Assembleia, que fica mais próximo da presidência, estaria sendo desalojado para a instalação de um novo gabinete.

A obra não foi divulgada pela Alep e no site do Legislativo não consta nenhum ato da Mesa Executiva ou da presidência autorizando a reforma. O site da Alep informa que não há obra em andamento e o Departamento de Comunicação do Legislativo não informou o custo. 

O Plural entrou em contato com a Diretoria de Comunicação da Assembleia e com a assessoria de Ademar Traiano. A resposta foi a mesma. “A Assembleia Legislativa do Paraná informa que as melhorias no Prédio da Administração são realizadas de forma permanente para a manutenção e também para a otimização dos espaços e dos trabalhos dos servidores e parlamentares do Poder Legislativo”, informou a Comunicação da Alep. Segundo a assessoria de Traiano, “as melhorias no prédio da administração são feitas de forma permanente para manutenção e também otimização dos espaços”.

Em seu quinto mandato consecutivo na presidência da Alep, Traiano teve sua imagem abalada em dezembro do ano passado, quando se tornou público um acordo de não persecução penal feito com o Ministério Público do Paraná. Em 2015, ele e o ex-deputado Plauto Miró Guimarães (União Brasil) pediram R$ 200 mil para renovar o contrato da TV Icaraí, do grupo J. Malucelli, com a TV Assembleia. As gravações foram encaminhadas ao Ministério Público. Os parlamentares devolveram o valor e pagaram uma multa. No fim do ano passado, Traiano disse que se tratava de uma doação de campanha.

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