Morreu nesta quarta-feira (28) em Curitiba a psicóloga aposentada Maria Juracy Aires. Aos 70 anos, ela se tornou recentemente o centro de uma batalha judicial que chamou a atenção do país ao se recusar a sair de sua casa, um apartamento no Cabral. Uma construtora comprou todos os apartamentos do Condomínio João Gualberto e queria a saída também de Juracy, para demolir o prédio. O caso ficou conhecido como “Aquarius da vida real”, por suas semelhanças com o filme de Kleber Mendonça Filho.
Maria Juracy teve um tumor na garganta. Quando entrevistada pelo Plural, em abril deste ano, já tinha feito uma cirurgia para remoção do tumor, e estava prestes a iniciar tratamento com quimioterapia e radioterapia. Acabou não conseguindo fazer com que a doença retrocedesse e faleceu na última quarta. O corpo seria cremado nesta quinta-feira (29).
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A história de resistência de Maria Juracy contra os interesses da Plaenge foi notícia não só no Plural. A repórter Jess Carvalho narrou a história na Folha de S.Paulo. Juracy causou comoção não só por sua doença, mas pelo cuidado que tinha em não deixar que o passado dela e da cidade fossem apagados. Nas redes sociais, muita gente dava apoio à causa dela.
Em um dos lances de sua briga com a construtora, a aposentada apelidou a Plaenge de “Dr. Abobrinha”, em referência ao personagem do programa “Castelo Rá-Tim-Bum” que queria derrubar um castelo para construir um o prédio no lugar. A faixa colocada por ela no prédio dizia: “Dr. Abobrinha não paga condomínio”.
Sobre o/a autor/a
Plaenge derrubou um guapuruvu centenário em Porto Alegre. Para tentar amenizar a reação negativa dos portoalegrenses resolveu adotar uma praça. A população protestou e não puderam formalizar a adoção.
Eu e minha família como amigos pessoais e muito próximos, de minha parte posso dizer que sua doença é entre outras coisas somadas, uma enorme decepção. a Plaenge, é simbolicamente a metástase de um câncer, e não é exagero esta imagem.
Pessoas como ela, não brigavam por bens materiais.