Protesto, candidatos de olho no celular e lanche no intervalo: os bastidores do debate do Plural

Assessores, patrocinadores e jornalistas e estudantes de jornalismo acompanharam debate da plateia e, apesar da disputa, houve momentos de descontração

Antes de o primeiro debate organizado pelo Plural ir ao ar, nesta quinta-feira (12), convidados, imprensa e assessores dos candidatos precisavam entrar em um dos auditórios do campus do Jardim Botânico, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba e enfrentar o primeiro desafio – um protesto contra o corte de árvores na Arthur Bernardes.

Com uma faixa na mão, o grupo interpelava cada candidato que chegava para o debate. Foram ouvidos os candidatos Andrea Caldas (PSOL), Luizão Goulart (Solidariedade), Cristina Graeml (PMB), Roberto Requião (Mobiliza), Samuel de Mattos (PSTU) e Ney Leprevost (União Brasil). Todos se posicionaram contra a adequação. Não se manifestaram os candidatos Eduardo Pimentel (PSD), Luciano Ducci (PSB), Maria Victoria (PP), e Felipe Bombardelli (PCO), porque nenhum desses compareceu ao debate.

Pimentel declinou o convite porque, segundo interlocutores, iria ser alvo dos demais. Ducci desistiu às 18h. Os dois estão entre os líderes da corrida eleitoral, conforme as pesquisas.

Ausentes, Eduardo Pimentel e Luciano Ducci viram alvos no debate do Plural

A ausência da dupla foi um prato cheio para quem foi. Cristina, Requião e Samuel reafirmaram, ao longo do evento, a importância de comparecerem ao debate. Nos dias anteriores eles usaram redes sociais para reivindicar a presença no evento. Posicionamento que foi reforçado já nas primeiras falas.

Cochicho

Cristina e Requião sentaram-se lado a lado e enquanto os colegas debatiam trocavam impressões de forma cordial. Candidata da extrema-direita, Cristina escolheu um vestido verde, que compôs uma estética “patriota” com o cenário amarelo do local.

Cada candidato tinha uma caneca com água e não chá. O lanche estava disponível atrás do palco, preparado pelo restaurante Na Casa Delas.

No auditório, de um lado ficaram patrocinadores, que fariam perguntas aos “prefeituráveis”. Do outro lado, assessores dos candidatos, jornalistas, estudantes de jornalismo e convidados.

De acordo com as regras, não era permitido que a plateia se manifestasse. Mas isso aconteceu quando o jornalista Rogerio Galindo fez uma piada por conta do atraso de alguns do candidato Ney Leprevost no retorno para o segundo bloco (ele estava fumando um cigarro). “Ney, você está entre nós? Parece uma sessão espírita”, disse.  Todos riram e Ney, que retornava à sua cadeira, também.

Enquanto os colegas falaram, com exceção de Luizão Goulart e Requião, os candidatos checavam os celulares de vez em quando. Da plateia o batalhão de assessores com câmeras e celulares preparava as imagens para redes sociais. Jornalistas também cochichavam entre si enquanto faziam anotações sobre o desempenho dos debatedores.

No YouTube

A transmissão do debate durou pouco mais de duas horas no YouTube – embora o trabalho de montagem do cenário e logística para o evento tenha começado semanas antes, sob a batuta da repórter Luciana Melo, com assessoria de imprensa de Sumi Costa.

Até a manhã do dia seguinte havia mais de 6,5 mil visualizações do debate somente no Youtube, sem contar pessoas que acompanharam diretamente do site.

Requião e Cristina mobilizaram mais internautas para manifestar apoio online por meio de comentários.

Quem ganhou?

Entre os jornalistas a pergunta que mais foi feita no pós-debate foi: quem perdeu?

Os candidatos que não foram ao debate, certamente perderam. Mas a análise que se faz é que Ducci não aproveitou a chance do embate com Ney Leprevost, já que ambos disputam uma vaga no segundo turno.

Assista ao debate completo:

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