Guaranho, que matou tesoureiro do PT no dia do aniversário, deixa a prisão

Familiares de Marcelo Arruda ficaram indignados com a soltura do acusado

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) concebeu habeas corpus ao ex-policial penal, Jorge Guaranho, autor do homicídio do guarda municipal e tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, ocorrido em 2022. A família da vítima ficou indignada com a decisão.

De acordo com a defesa do acusado, ele cumprirá prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica para realiza tratamento de saúde, embora não tenham detalhado quais os problemas de saúde que Guaranho enfrenta. “Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos e seguimos confiantes na condução de um processo equilibrado e justo, disse, em nota, o advogado do acusado, Samir Mattar Assad.

Indignação

Guaranho estava preso desde 2022 e agora pode ficar em casa com monitoramento. À época do crime, o homicida invadiu a festa de aniversário de 50 anos da vítima, cuja temática era o PT, e, aos gritos de “mito, mito”, atirou contra o guarda municipal.

Para a companheira de Arruda a decisão é uma lástima. “Terrível a pior decisão que se teve para a família. E o pior foi escutar o voto dos desembargadores, de alguns desembargadores, dizendo que o Guaranho, nesse caso, foi uma vítima. Que tipo de vítima? (…) É inadmissível. Nós estamos apavorados, apavorados com toda essa situação. Colocar um assassino, uma pessoa que não tem condições de ser contrariado, colocar em liberdade com a sociedade. É uma lástima, é terrível isso que a justiça fez hoje”, lamentou Pamela Silva.

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Para os advogados que representam a família da vítima é um sofrimento. “A família da vítima já não suporta tamanho sofrimento, seja pela ausência de Marcelo, ou, ainda por não ver seu assassino cumprindo pena pelo crime tão brutal que decidiu praticar”, destacaram, em nota, os assistentes de acusação Alessandra Raffaelli Boito e Rogerio Oscar Botelho.

Um dos filhos da vítima entente que a decisão é uma falta de respeito à memória de Arruda. “É uma falta de respeito. É uma falta de consideração para família para os amigos e para as pessoas que buscam que querem Justiça pelo Marcelo, pelo meu pai. É uma falta de consideração, é como se fosse uma punhalada pelas costas, disse Leonardo Arruda.

O júri do assassino, que foi desmarcado diversas vezes após manobras da defesa, está previsto para ocorrer em fevereiro de 2025, em Curitiba.

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