3 quadrinhos americanos para ler durante a quarentena

Desde sexta-feira, mas ganhando força nessa semana, o Brasil entrou em uma quarentena para conter o novo coronavírus. Esse vírus que não é tão letal, porém possui a transmissão rápida demais, além de poder ser bem preocupante para diversos grupos (idosos e imunodepressivos, especialmente). Você pode ver formas de prevenção aqui.

Pensando nisso, diversas pessoas pelo Brasil e pelo mundo tem feito diversas atitudes para tentar entreter as pessoas dentro de sua residência. O blog Nona Arte, então, irá fazer diversas listas toda semana – até o fim do período de quarentena – indicando três quadrinhos sempre de diferentes países, lugares, e etc, para que você possa se distrair durante esse tempo.

. Bloodshot

História que ganhou recente adaptação para os cinemas, que você poderá assistir assim que acabar a quarentena. E o melhor de tudo é que ela está disponível online, ou seja, não precisa ter nenhuma diferença para pedir – é só ler no Social Comics.

“Bloodshot” é uma HQ e um personagem da editora Valiant. Ele, que iniciou sua vida nos anos 90, tem uma forte inspiração das tramas de brucutu do cinema americano nos anos 80, além da forte relação tecnológica. Ele é um humano que vira uma máquina para matar biotecnologias, a partir de uma melhora física pela nanotecnologia. Entendo que é muita tecnologia envolvida, mas isso pouco importa porque a graça do quadrinho é a ação desenfreada. O personagem tem diversas versões, desde sua original em 1992, uma releitura em 1996, até sua versão mais recente, dos anos 2010, quando a Valiant voltou a investir no anti-herói. Vale a leitura de todas.

. Superman: Ano Um

Já temos como uma das maiores histórias de todos os tempos do Batman, a HQ “Batman: Ano Um”. Então, pensando nisso, a DC tenta trazer a mesma versão para o Superman, contando sua vida desde os primeiros passos, ao mesmo tempo que pensando em um lado filosófico do nascimento do herói. E, assim no homem-morcego, Frank Miller comanda os roteiros para traz toda essa questão de personalidade e pensamento desse ser alienígena.

A trama foca exatamente nisso: na vida e no crescimento de Clark Kent, ao ponto de se tornar o Superman. Lançada em junho de 2019 nos Estados Unidos, ela agora começa a ser publicada no Brasil, podendo ser achada com facilidade em diversos pontos, até na internet. É uma minissérie em três edições, que esquece um pouco toda a mitologia prévia, para formar algo novo desse universo, assim como em “Superman: Terra UM” e “Superman: Legado das Estrelas”.

. Watchmen

Ok, você que já acompanha o mundo da nona arte há algum tempo pode se perguntar porque coloquei só o quadrinho mais clássico de todos os tempos aqui. A resposta é bem simples: porque não há momento melhor para se ler a densidade dessa HQ, do que nesse período de quarentena. Conseguindo mais tempo, inclusive sem precisar dos deslocamentos em transportes, é a oportunidade perfeita de ler e reler trechos, além de estudar mais os aspectos da obra e, por fim, ver a incrível série da HBO, que dá continuidade ao material original.

Para aqueles que nunca leram “Watchmen”, a trama é sobre uma realidade onde os mascarados foram banidos. Eles não podem exercer vigilância nem nada. Porém, a morte de um dos membros do antigo grupo de vigilantes faz Roschach voltar a ativa e tentar chamar todos de volta para desvendar a situação. Nesse meio tempo, nos deparamos com questionamentos filosóficos, pensamos sobre existência, vigilantismo e segurança pública. Tudo com um roteiro espetacular de Alan Moore e os desenhos fantásticos de Dave Gibbons.

Capa de “Fala, Maria!”

Notícia da Semana. Está chegando ao fim o financiamento coletivo da HQ “Fala, Maria!”, uma belíssima história sobre uma garota com autismo. Trata de condição social, isolamento e como tratar essas pessoas, sempre com uma sensibilidade bem interessante e até única para aqueles que não sabem como lidar bem com casos assim.

Escrita e desenhada pelo artista mexicano Bef, ela pode ser apoiada por aqui. Não percam a chance!

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