A eleição de Curitiba pode estar se decidindo hoje, longe dos olhos do eleitor

Governador estaria decidido a retirar todos os adversários de campo para que Pimentel leve já no primeiro turno

A eleição de Curitiba pode estar se decidindo nesta semana sem que os nobres eleitores e as nobres eleitoras sequer sejam consultados. Ao contrário do que acontece em países mais democráticos, onde os partidos decidem essas coisas com participação de seus filiados em prévias, aqui os caciques se reúnem, tomam um bom vinho e chegam a seus acordos.

Um desses acordos estaria sendo fechado por Ratinho J.r com o presidente nacional do União, Antônio Rueda, nesta quarta. Não há nada público na agenda do governador, até porque, em tese, ele deveria estar no Palácio trabalhando, e não cuidando da eleição alheia. Mas seria exigir demais.

Ratinho ofereceu mundos ao União (saiba mais sobre a proposta aqui). Cargos. A vice. A primeira secretaria na Assembleia. A secretaria de Saúde do futuro prefeito (que, aliás, impressionante, parece não ter o menor controle do que acontece com sua candidatura, totalmente guiada por Ratinho e Greca). Leprevost, que já foi atirado embaixo de um ônibus em 2020, em nome da reeleição de Greca, agora pode ser jogado embaixo de um trem.

O eleitor e a eleitora deverão receber assim um prato feito. Sem opções maiores. Ou vota-se no candidato de Ratinho, ou nos poucos que escaparam e montaram uma frente (nem tão ampla) de oposição. É um jeito novo de ganhar eleições: decidindo tudo na base do poder de tratorar os adversários antes mesmo de o processo começar.

Sobre o/a autor/a

Compartilhe:

Leia também

Melhor jornal de Curitiba

Assine e apoie

Assinantes recebem nossa newsletter exclusiva

error: Content is protected !!
Rolar para cima