A TVCI, do litoral paranaense, decidiu afastar o apresentador Tony Lagos depois de ele falar no ar que mulheres, quando são assediadas, em geral deram brecha para isso. A direção da tevê informou que a fala machista não será aceita e que entende que o jornalismo deve dar voz às vítimas de violência e que “não colabore para a revitimização”.
“Para um homem, me desculpe, eu penso isso, quem pensa o contrário eu respeito também, mas para um homem chegar ao ponto de mexer com uma mulher, cantar, passar mão na mulher é porque também ela, ali atrás, ela também deu uma certa liberdade, porque a mulher, quando ela se impõe, ela impõe respeito, o homem não é burro, qual o homem que vai fazer gracinha ou vai querer passar a mão na mulher?”, disse o apresentador.
A reação da tevê foi imediata, com direito a nota oficial e editorial lido no ar dizendo que esse tipo de crime não será tolerado na emissora.
Com a medida, a TVCI mostrou uma reação correta e que muitas vezes não é adotada por veículos quando seus profissionais passam dos limites. Basta lembrar o caso Sikêra, em que o apresentador usou palavras criminosas para se referir aos gays, ou a história de Rodrigo Constantino, mantido em alguns veículos mesmo depois de dizer que se recusaria a condenar alguém que estuprasse sua filha, caso ela tivesse b ebido.
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