Feder é investigado por contratos de R$ 200 milhões com governo

Secretário que quer trocar livros por tablets é sócio de empresa que vendeu R$ 200 milhões em equipamentos de informática para o governo

Desde que Renato Feder começou com suas estripulias digitais na Secretaria de Educação do Paraná, ouvia-se aqui e ali uma possível explicação para o seu gosto por tablets e notebooks. A palavra-chave era Multilaser. Uma empresa que vende exatamente esse tipo de equipamento, vejam só, para escolas e secretarias de Educação.

Neste sábado (5), depois da semana mais “ousada” de Feder em seu plano para substituir livros por equipamentos digitais, apareceu a primeira contestação formal de sua conduta. A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo, descobriu o blog do Fausto Macedo, está investigando Feder por ser dono de parte da Multilaser, que vendeu nada menos do que R$ 200 milhões em equipamentos para o governo de Tarcísio de Freitas (PL).

A compra, segundo Fausto Macedo, foi feita entre a eleição de Tarcísio e a posse de Renato Feder – que abandonou Ratinho Jr. (PSD) para exercer o mesmo cargo de secretário de Educação em São Paulo. Feder é sócio de uma offshore de Delaware que é dona de 28% da Multilaser. Mas segundo ele, está tudo de boa.

Feder respondeu ao blog de Fausto Macedo que o Estatuto do Funcionalismo de São Paulo não proíbe que servidores mantenham contrato com o governo e que as contratações seguiram todos os critérios técnicos. Diz ainda que, depois desses R$ 200 milhõezinhos, promete não fazer mais contrato nenhum com o governo enquanto estiver lá.

Em São Paulo, há quem aposte que o anúncio de Feder de que vai tirar São Paulo do Programa Nacional do Livro Didático tenha sido um passo maior do que a perna. O secretário comprou briga com toda a indústria do livro, que perderá com isso R$ 120 milhões por ano com isso.

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