Quase metade dos paranaenses evita conversar sobre política para evitar briga

Levantamento do Instituto Opinião mostra que 16% dos eleitores sofreram ameaças por seus posicionamentos

Uma pesquisa do Instituto Opinião revelou que 46% dos eleitores paranaenses em algum momento dos últimos anos deixaram de falar de política com amigos ou parentes para evitar problemas e brigas. O número é quase igual aos 52% que afirmaram não ter tido esse problema – como a margem de erro é de 3 pontos, na verdade há um empate técnico entre as duas respostas. Só dois por cento não responderam à pergunta.

Um outro dado do mesmo levantamento confirma o nível de radicalização a que a política brasileira chegou nos últimos anos. Foram 16% os eleitores que disseram em algum momento dos últimos anos disseram ter sofrido alguma ameaça física ou verbal em função de seus posicionamentos políticos. A pergunta não especifica qual a tendência política do respondente.

Apesar das discordâncias graves, a maioria absoluta dos paranaenses entrevistados afirma que a democracia é sempre a melhor forma de governo. Foram 81% de respostas nessa alternativa, contra 6% que preferiram a opção “tanto faz” entre democracia e ditadura e outros 3% que responderam que, em certas circunstâncias é preferível uma ditadura. Os demais 9% não opinaram.

Ainda sobre democracia, três quartos dos entrevistados disseram confiar nas urnas eletrônicas. Do total, 57% disseram confiar no sistema de votação atual e 18% disseram “confiar muito”. No entanto, as fake news abalaram a fé de boa parte dos eleitores no sistema: 24% disseram não confiar nas urnas.

Uma última pergunta feita pelo instituto queria saber a opinião dos eleitores sobre armamentos. Para 51% dos entrevistados, mais armas não tornam uma sociedade mais segura. Para outros 38%, o aumento do número de armas ajuda na segurança.

Metodologia: A pesquisa do Instituto Opinião ouviu 1.200 pessoas em 52 municípios do estado do Paraná, com idade acima de 16 anos, entre os dias 28 e 30 de agosto e tem margem de erro de 3% e nível de confiança de 95%. A consulta foi registrada no TRE (PR-09894/2022) e no TSE (BR-03073/2022).

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