Sim, a eleição de Curitiba vai ter dois turnos. A não ser que nos próximos dois dias aconteça alguma coisa extremamente improvável, também dá pra dizer com um bom grau de certeza que Eduardo Pimentel (PSD) estará nele. A grande dúvida em todos os comitês no momento é saber quem ocupará a segunda vaga.
As apostas estão concentradas principalmente em três candidatos. Falando com os responsáveis pelas campanhas, há um consenso de que quem parece ter uma posição mais sólida no momento é Luciano Ducci (PSB); mas nem de longe os números são suficientes para garantir que ele já se livrou da concorrência.
Há até um certo trauma envolvido na campanha de Ducci: em 2012, quando ele era prefeito e disputou a reeleição, tudo fazia crer que pelo menos o segundo turno era uma realidade. Mas não deu. Na última hora, a disputa acabou sendo entre Gustavo Fruet e Ratinho. Portanto, agora, no comitê de Ducci, a ordem é não afrouxar o esforço nem por um minuto.
Como se imaginava, Ney Leprevost (União) continua no páreo, mas apostar nele no momento parece mais arriscado. Na campanha, existe animação, com o pessoal dizendo que a virada está logo ali. Mas fora do comitê, não há muita gente que veja condições de um segundo turno Pimentel x Ney, até porque um acaba tirando os votos do outro.
A surpresa acabou mesmo sendo a candidatura de Cristina Graeml (PMB), que apesar da falta de tempo de tevê conseguiu entrar na disputa. Há quem acredite que ela já bateu no teto, porque agora precisaria tirar votos do próprio Eduardo para ter por onde crescer. Mas o radicalismo de direita está em alta, e o apoio de fanáticos como Pablo Marçal não é pouca coisa.
Por outro lado, ninguém nem mais cita o nome de Roberto Requião (Mobiliza) como uma possibilidade. Para ele, a falta de tempo de tevê e de dinheiro foram muito mais cruéis. Mas, como sempre acontece em política, o imponderável pode estar sempre por perto.
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