STJ decide que policiais acusados de matar cinco devem ir a novo julgamento

Tribunal diz que requisitos formais não foram cumpridos em júri que absolveu 12 policiais suspeitos de matar assaltantes a sangue frio

Um dos júris mais polêmicos da história da Polícia Militar do Paraná foi revertido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Um grupo de treze policiais que matou cinco pessoas em Curitiba em 2019 foi absolvido em 2017. Porém, depois de recurso do Ministério Público do Paraná, o STJ afirmou que não foram cumpridos os requisitos legais no julgamento. Com isso, provavelmente o caso será reaberto novamente a júri, ainda sem data.

O caso, que ficou conhecido como “júri da Rotam”, aconteceu quando um grupo de garotos foi perseguido pela polícia depois de assaltar comércios na região Alto da Glória. Os cinco foram mortos a tiros depois da perseguição; no entanto, o GPS da viatura policial indicou que os policiais, antes de levarem os corpos para o Instituto Médico-Legal, fizeram uma parada no Santa Cândida. A desconfiança é de que os suspeitos já estavam presos e foram executados no Santa Cândida a sangue frio.

Durante o julgamento, em 2017, alguns dos jurados se disseram intimidados pela grande presença de policiais militares fardados na plateia do Tribunal do Júri. Os policiais afirmaram ter apenas revidado a tiros dados pelos assaltantes, em legítima defesa, e acabaram absolvidos.

A defesa dos PMs ainda pode recorrer em Brasília para tentar evitar o novo julgamento. No entanto, se os recursos forem derrotados e o caso transitar em julgado, caberá ao Tribunal do Júri de Curitiba reiniciar os trabalhos.

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