De estômagos vazios a bolsos bem recheados

O combate à fome fica muito mais difícil quando o governo da tal gripezinha só pensa em embolsar dinheiro e bancar delirantes motociatas

Registros da imprensa, não contestados: pobreza bate recorde e atinge quase 20 milhões de brasileiros nas grandes metrópoles. O golpe de Estado de 2016, que derrubou a presidente Dilma Rousseff e aplicou um choque neoliberal, torpedeando o mercado de trabalho, destruiu a renda dos brasileiros e transferiu a riqueza do pré-sal para acionistas privados da Petrobrás, fez com que o Brasil atingisse 20 milhões de pobres nas grandes metrópoles. Tais políticas neoliberais, aplicadas por Michel Temer, foram mantidas por Jair Bolsonaro. 

Relatório da ONU: no ano passado, o número de pessoas afetadas pela fome no mundo chegou a cerca de 828 milhões – e continua subindo. E o Brasil vive pior cenário já registrado no século 21 após contar com diversas estratégias de combate à fome nos governos Lula e Dilma. Mas, algo totalmente previsível, todas essas estratégias foram desmanteladas pelo desgoverno bolsonarista. Afinal, se a Covid-19 era uma gripezinha, deve ter muita gente reclamando de barriga cheia. 

Vale lembrar (e lamentar) 

Fome Zero foi o programa criado em 2003 pelo governo federal, durante o mandato de Lula, em substituição ao Programa Comunidade Solidária, que fora instituído pelo Decreto 1.366, de 12 de janeiro de 1995, durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso, para o enfrentamento da fome e da miséria no país. 

Entre janeiro de 2003 e janeiro de 2004, o Fome Zero beneficiou 11 milhões de pessoas, em 2.369 municípios concentrados especialmente no semiárido e nas regiões mais pobres do Nordeste. 

Emergência nacional 

Em quase 2 anos de (des)governo Jair Bolsonaro, a extinção de equipamentos fundamentais, como o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), marca o desinteresse pelo tema. 

E estamos diante de uma nova emergência nacional: em 2022, 33,1 milhões de pessoas estão passando fome no Brasil; mais da metade da população brasileira (58,7%) está em insegurança alimentar em algum nível; e de 10 famílias apenas 4 possuem acesso total à alimentação. 

PS: segundo noticiário da UOL, com o título Entendendo Bolsonaro, “as festivas motociatas simbolizam a inépcia e o caráter fascista”. 

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