Do desenho às fotos – com o devido crédito 

Nos velhos tempos, século 16, sem a fotografia, o jeito era contratar artistas para retratar cenas familiares e também mapas para uma guerra

A revista Aventuras na História, da Editora Caras, São Paulo, que tem Izabel Duva Rapoport como editora, traz nesta semana, como assunto de capa, a batalha de Stalingrado (“há 80 anos começava o combate sangrento, mas também o mais glorioso, da II Guerra Mundial”). E destaca matérias como “O inca que inspirou revolucionários como Bolívar e Che Guevara”, “A odontologia é tão antiga quanto a civilização” e, numa entrevista, “1822 também foi das mulheres”. 

Mas, para um jornalista das antigas, o que também chamou a atenção de imediato foi um texto de Dennis Barbosa: “Antes da fotografia – desenhistas eram contratados para retratar famílias e até mesmo mapas como estratégia militar”.  

– Para ganhar a confiança de Napoleão, seus comandantes tinham que saber desenhar. E não é que faziam mapas bonitinhos? Desenhos mal feitos de Galípolli, por exemplo, na costa da Turquia, resultaram em tragédia durante a Primeira Guerra. Fiando-se num mapa desenhado anos antes, os ingleses desembarcaram no local achando que ali havia uma praia. Era uma pirambeira e milhares de soldados morreram. 

PS meu: Pirambeira? Isso mesmo, um caminho muito íngreme. 

O devido crédito ao autor 

E aí, sobre fotografia, vale lembrar: tempos atrás, lá pelos anos 60, em Curitiba, os jornais estampavam fotos sem o devido crédito – até que, no velho O Estado do Paraná, alguém, que também lia o Jornal do Brasil, editado no Rio de Janeiro, resolveu copiar o JB, dando o devido crédito ao(s) autor(es) da(s) fotografia(s). Nada mais justo, até porque, quando se tratava de radiofoto era obrigado citar a fonte: radiofoto (radio+foto), fotografia transmitida por meio de radiodifusão. No caso, radiofoto UPI – United Press International, agência de notícias dos EUA fundada em 1907. A empresa tinha sede em Boca Raton, na Flórida. Foi, juntamente com a Associated Press, a Reuters e a Agência France Presse, uma das quatro principais agências de notícias do mundo até a década de 1990. 

PS: ainda sobre fotografias e tempos mais recentes, vale lembrar que não poucos fotógrafos de Curitiba conquistaram o Prêmio Esso de Jornalismo, que poderia ser considerado o equivalente ao Oscar do cinema norte-americano.  

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