A comida egípcia

Graças ao Nilo e à região denominada Delta do Nilo, a mais fértil do pais, a alimentação no Egito é rica em legumes variados e é muito semelhante à comida da região do Mediterrâneo Oriental

Graças ao Nilo e à região denominada Delta do Nilo, a mais fértil do pais, a alimentação no Egito é rica em legumes variados e é muito semelhante à comida da região do Mediterrâneo Oriental.

Tudo muito perfumado com a variedade de condimentos da região, sobretudo a cúrcuma, a canela e o cominho. Os pratos são feitos de legumes recheados com arroz, como as folhas de uva e abobrinhas, mas tem também o Shawarma, o Kebab e a Cafta.

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Já no café da manhã é possível consumir vegetais como pepino e tomate in natura, saladas, alguns legumes recheados e pratos quentes que são servidos juntamente com omeletes, pães feitos na hora, cereais, folhados com frutas, manteiga e mel em seus favos.

Pão e pastas são entradas típicas. Foto: Rosa Maria Dalla Costa

Para o almoço e o jantar, as carnes mais comuns são o pombo, o frango e o cordeiro. Esse e o boi são frequentemente preparados na grelha, como nos foi servido no restaurante regional que fica perto da pirâmide escalonada. De entrada, pão feito na hora pelas egípcias, na entrada do restaurante, e pastas, as famosas Tehina (reme de sementes, feita de gergelim, suco de limão e alho), hummus (creme de grão-de-bico amassado, temperado com cominho) e a Baba Ghannoug (pasta feita de berinjela, suco de limão, sal, pimenta, salsinha, cominho e óleo).

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Alguns cereais como a lentilha, a fava e o grão-de-bico são mais presentes nos pratos do dia a dia. O arroz é preparado de diversas formas e raramente aparece na mesa apenas branco. O mais surpreendente foi o arroz temperado com canela, que tem um sabor marcante e acompanha bem carnes com legumes.
O falafel, uma espécie de bolinho feito de grão de bico ou de fava, é servido com tomates frescos, molho tahina e rúcula. É também um dos alimentos do café da manhã.

As sobremesas também não deixam a desejar. Foto: Rosa Maria Dalla Costa

Outro prato bastante popular é a kafta, preparada com carne moída, temperos, salsinha e servida em palitos, assada sob o carvão. Às vezes é servida sem o palito e seu cheiro de carne assada na brasa nos faz lembrar do churrasco.

Os egípcios também comem sopas e uma das mais tradicionais é a Molokhiya, preparada com folhas de corchorus cortadas bem finas e temperada com alho e coentro, cozidas no caldo de frango.
O Shawarma é o sanduíche popular feito de carne de boi, cordeiro ou frango, cortada em pedaços finos e enrolada em pão pita com molho tehina.

As sobremesas sempre compõem lindas mesas de doces. A basbousa é uma sobremesa feita de semolina, servida bem molhada porque é embebida em calda doce e coberta com amêndoas. Aliás, os doces mais gostosos e característicos são os que utilizam amêndoas, pistache, e nozes. O Umm Ali é uma espécie de pudim de pão servido com massa folhada ou arroz, leite, côco e passas. Tem ainda o Rozz be laban, uma espécie de arroz doce preparado com arroz branco de grão curto, leite integral, açúcar e baunilha.

Para acompanhar o chá da tarde, deliciosas bolachinhas açucaradas, algumas preparadas com pistache, amêndoas ou amendoins.

Assados na brasa: kafta, frango e cordeiro. Foto: Rosa Maria Dalla Costa

Além do chá e do café, que já falamos aqui em Pitangas, os egípcios bebem o caldo de cana-de-açúcar, que é denominado “aseer asab”, os sucos de romã e tamarindo. As bebidas alcoólicas são evitadas, mas a cerveja é relativamente bem consumida e responde por 54% de todo o álcool consumido no país. A mais conhecida, bouza, é feita à base de cevada e pão.

Doze dias foram poucos para provar tantas e variadas delícias. Mas certamente o suficiente para gravar na memória recortes de uma das cozinhas mais perfumadas e variadas que conheci.

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