Filme de Hugo Katsuo “Pela Palavra” tem sessão na Ópera de Arame

Antes da exibição neste domingo (27), o pesquisador e cineasta apresenta a aula “Identidade Nacional e Raça Amarela: por um cinema amarelo brasileiro?”

O pesquisador e cineasta carioca Hugo Katsuo vem a Curitiba para duas atividades neste domingo (27), no Palco Aberto da Ópera de Arame. A programação tem apresentação de uma aula e depois exibição de filme, e é realizada em em parceria com Oide Izakaya, Coletivo Libre e Vale da Música.

Aula “Identidade Nacional e Raça Amarela”

Katsuo abre a tarde ministrando a aula “Identidade Nacional e Raça Amarela: por um cinema amarelo brasileiro?”, sobre a ausência das representações amarelas nos filmes brasileiros, a partir da perspectiva do ideal de brasilidade e do questionamento sobre onde estão os amarelos na cinematografia nacional; passando pelo debate a respeito dos percursos dos cineastas brasileiros de ascendência leste-asiática e das tensões ao redor do estabelecimento de um gênero. A inscrição pode ser feita aqui e custa R$ 50 reais, também é possível participar on-line.

Filme “Pela Palavra”

Ao final da aula, será exibido o curta-metragem “Pela Palavra”, dirigido por Hugo Katsuo. O enredo do filme mostra o jovem e aclamado poeta gay (Rafa Kim) é considerado o novo rosto da representatividade LGBT na poesia brasileira. Questionando-se sobre este título que lhe foi conferido e sobre o processo de transformação da sua obra em mera mercadoria, ele divaga sobre a relação entre a política e a poesia, a utilidade da arte e a monumentalização do artista em tempos de demanda por representação. Ao mesmo tempo, o poeta sofre por ter sido abandonado pelo grande amor de sua vida, o cineasta Gabriel (Rodrigo Cavalini) – que resulta em um bloqueio criativo onde a imagem e a palavra parecem deixar de fazer sentido para ele.

Hugo Katsuo

Pesquisas

Hugo Katsuo é graduado em Cinema & Audiovisual pela Universidade Federal Fluminense e mestrando pelo PPGCine-UFF. Como pesquisador, defendeu, em 2019, a monografia intitulada Pornografia gay e racismo: a representação e o consumo do corpo amarelo na pornografia gay ocidental, sob orientação da profª Drª Mariana Baltar, e no mestrado está desenvolvendo a pesquisa K-POP E PORNOGRAFIA: O pacto espectatorial do consumo de outridade, sob mesma orientação. Ao lado de Caroline Meirelles, idealizou e apresenta o projeto Corpo preto, corpo amarelo, cujo objetivo é levar a colégios e a universidades a temática da representação dos corpos racializados no audiovisual.

Cinema

Produziu, dirigiu e roteirizou o longa-metragem documental “O Perigo Amarelo Nos Dias Atuais” (2018), o curta-metragem documental “Batchan” (2020), o curta-metragem experimental Imagem (2020) e o curta-metragem ficcional “Nada Ficará” (2021), além de contar com 6 pequenos filmes experimentais feitos durante a quarentena do ano de 2020. Atuou como assistente de direção nos curta-metragens Dando Asas à Imaginação (2017), de Arthur Felipe Fiel e João Marcos Nascimento, e Antes, Agora, Sempre (2017), de Larissa Lima, e no vídeo-clipe Máquina de Mistério (2018), da banda Drápula, dirigido por Luiza Catalani e Clarissa Ferreira. Como diretor de produção, trabalhou no curta-metragem de animação intitulado Altcell (2019), de Matheus Galvão. Atualmente faz parte do Coletivo Kbça D’Nêga, idealizado e fundado pela cineasta Rosa Miranda.

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Serviço

  • Aula “Identidade Nacional e Raça Amarela: por um cinema amarelo brasileiro?, domingo (27), das 13h às 16h, no Palco Aberto, Vale da Música da Ópera de Arame. Inscrições aqui, preço R$ 50 reais. Também é possível participar on-line.
  • Exibição do filme “Pela Palavra” domingo (27), às 16h30, no Palco Aberto, Vale da Música da Ópera de Arame. Entrada gratuita.

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