Greca provoca professoras e diz que deviam votar contra seu candidato

Prefeito se irritou com críticas de manifestantes em cerimônia na Câmara

O prefeito Rafael Greca (PSD), de Curitiba, disse numa sessão da Câmara Municipal nesta segunda-feira (5) que os manifestantes das galerias, que estavam criticando sua gestão, não deviam votar em seu candidato nas eleições de outubro. Na maior parte, o protesto partiu de professoras e do Sismmac, sindicato que representa o magistério municipal.

Ao ouvir os gritos de guerra das professoras, Greca interrompeu o que dizia. ˜Escuto vozes dissonantes. Convido a meia dúzia de senhoras e senhores que na eleição votem contra o meu candidato˜, disse ele. O candidato de Greca é o atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD). É possível que a fala de Greca não tenha sido impensada: o prefeito, segundo se diz, está irritado com o fato de Ratinho Jr. (PSD), ter colocado o bolsonarista Paulo Martins (PL) como vice de Eduardo – Greca detesta o bolsonarismo e teria dito que não tem vontade de fazer campanha junto com a extrema direita.

No mês passado, pouco antes de Ratinho confirmar a vice de Paulo Martins, Greca também cometeu uma suposta gafe que pode ter sido arquitetada para barrar a coligação. Numa cerimônia na Assembleia Legislativa, disse que o bolsonarismo eram “forças do mal e da morte”. Nem com isso, porém, conseguiu o que queria: a troca de Paulo Martins pela sua fiel Marilza Dias, ex-secretária do Meio Ambiente.

As professoras marcaram o protesto para reclamar de várias ações de Greca ao longo do mandato. Desde que assumiu em 2017, o prefeito tomou várias medidas drásticas contra o funcionalismo, a come;car pelo pacote que congelou os planos de cargos e salários por todo o primeiro mandato do prefeito.

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