Violência em postos de combustíveis: quais os direitos dos trabalhadores? 

Direito no Plural explica quais os direitos garantidos aos funcionários agredidos e seus familiares e como as empresas podem protegê-los contra novas violências

No último final de semana, um frentista de um posto de gasolina de 27 anos foi assassinado a tiros por um cliente em Curitiba. O crime aconteceu após o funcionário sugerir que o cliente procurasse no lixo um recipiente para carregar a gasolina, já que o posto estava sem galões disponíveis.

Segundo testemunhas, o cliente se sentiu ofendido com a resposta do funcionário e voltou minutos depois para agredi-lo. Cerca de uma hora depois da briga, o suspeito foi novamente ao local com um capuz na cabeça e armado. Pelas costas, ele atirou duas vezes contra o trabalhador, que morreu no local. O suspeito foi identificado e, segundo a Polícia Civil, está foragido.

Esse não é o primeiro caso de violência envolvendo trabalhadores de postos de combustíveis de Curitiba. No início de julho, um funcionário ficou ferido no rosto após ser atingido por uma garrafa de vidro e precisou ficar afastado do trabalho para se recuperar. 

O agressor, um cliente do posto, teria se revoltado com uma chamada de atenção para que fechasse a porta do banheiro na loja de conveniências. Em entrevista, o funcionário relatou ter ficado traumatizado com a situação.

Katna Baran e Kelli Kadanus entrevistam os advogados trabalhistas Edson Hauagge e Ana Claudia Cericatto. Foto: Marcos Guérios

Entre outubro do ano passado e março deste ano, mais dois casos de agressão contra trabalhadores de postos envolveram também racismo e xenofobia. No primeiro, o cliente não se sentiu intimidado nem após perceber que estava sendo filmado chamando o atendente de “neguinho, macaco” e “nordestino dos infernos”.

Já em março, dois homens chamaram de “macaco” um frentista haitiano de um posto de Curitiba. O funcionário havia pedido para que eles parassem de fazer barulho com uma moto no local. Além de sofrer insultos racistas, ele também foi agredido fisicamente. 

Em nota, o Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e de Lojas de Conveniências de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral, o Sinpospetro, destacou a série de violências que trabalhadores da área têm sofrido ultimamente. A entidade pediu para que as autoridades públicas e do setor adotem medidas para proteger a vida da categoria. 

O 34º episódio do podcast Direito no Plural explora esses recentes ataques contra funcionários de postos de combustíveis e explica quais as medidas possíveis para manter um ambiente de trabalho mais seguro e os direitos desses funcionários e seus familiares. 

As jornalistas Katna Baran e Kelli Kadanus entrevistaram os advogados trabalhistas Edson Hauagge e Ana Claudia Cericatto. O programa está disponível nos principais tocadores de áudio e também no link acima, do Speaker.

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