Quem passa pela rua Bispo Dom José, no Batel, em Curitiba, logo olha para as “cortinas” que ornamentam a fachada da CasaCor Paraná. O impacto é promissor e do lado dentro a criatividade de arquitetos, designers, paisagistas e artistas paranaenses não decepciona.
Neste ano o desafio dos expositores foi criar ambientes em um casarão da década de 80. A ideia é remeter a um ambiente familiar, nostálgico, que combina com o tema deste ano: “De presente, o agora”.
Um dos ambientes mais interessantes da CasaCor Paraná é o home office “Memórias”, assinado pela designer Katleen Luizaga. A pandemia fez com que o trabalho remoto fosse necessário e mesmo depois deste período, a tendência de trabalhar em casa se manteve.
No “Memórias”, a designer precisou transformar um espaça de apenas 11m² em um escritório funcional e confortável. Para isso, ela apresentou uma proposta minimalista, mas modernos.
O nome “Memórias” remete a uma abertura no piso, uma espécie de porão, que não foi fechada com vidro. Dentro do espaço, quem está do lado de fora pode olhar objetos que rementem às memórias dos anos 80, unindo o presente e o passado.
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Outro espaço que chama atenção dos visitantes é o “Bar”, que ao contrário do “Memórias”, traz uma abordagem maximalista, alusivo às histórias de viagens ao redor do mundo.
O espaço é assinado pelo arquiteto Rodolfo Fontana, que estreia na CasaCor. O ambiente é uma espécie de corredor, que foi transformado em um luxuoso “vagão de trem”.
O chão tem tapete vindo da Índia, feito sob medida, uísques escoceses e obras de arte de diversas partes do mundo que dão a sensação de imergir nas lembranças de um viajante e, ao mesmo tempo, incita o desejo de o próprio visitante viajar.
Apesar de o “Bar” ter uma explosão de texturas, cores e inúmeros objetos, um deles chama atenção de quem passa pelo local: a licoreira original do Barão do Serro Azul, que é trisavô do arquiteto.
Hora de dormir
Quem visita a CasaCor Paraná 2024 pode ter referências variadas para decoração de quartos. A criatividade de arquitetos e designers buscam inspiração na história, na arte e também na filosofia.
O arquiteto Marcelo Lopes usou a Alegoria da Caverna, de Platão, para criar um quarto de hóspedes que usa sombra e luzes, que proporciona uma experiência sensorial relaxante.
A ruptura com as tradicionais cores claras utilizadas nos quartos provoca o visitante a “sair da caixinha”. Por se tratar de um quarto de hóspedes não há armário e isso deixa o ambiente espaçoso, embora só tenha 10 m².
Curiosidade: Neste ambiente, a exemplo de outros, os livros estavam “do lado errado”, ou seja, com os títulos virados para o lado de fora. Isso acontece, explica Lopes, porque a ideia é que o visitante imagine seus próprios livros ali, e também para evitar obras que possam gerar alguma reação negativa de quem visita o espaço.
CasaCor Paraná 2024
O evento vai até 28 de julho. Os ingressos custam R$ 90 e R$ 45 (meia, com apresentação de comprovante). Há um bar e um café abertos no espaço.
Para quem vai de carro, estacionamento ao lado, pago.
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