Com cerco a Eduardo Pimentel, debate na RPC foi o mais agressivo da campanha em Curitiba

Debate reuniu oito candidatos e foi última chance de conquistar votos no primeiro turno

O vice-prefeito Eduardo Pimentel, candidato pelo PSD, foi o alvo preferencial dos oponentes no debate promovido pela RPC na noite desta quinta-feira (3). Mais agressivo do que os debates anteriores da campanha, o debate terminou já na madrugada da sexta. Veja a seguir alguns dos principais pontos do que aconteceu durante o encontro dos oito candidatos.

Pimentel como alvo

Líder nas pesquisas, Eduardo Pimentel era evidentemente quem estava sendo caçado pelos adversários durante todo o debate. O tema preferido de quem queria bater nele era o caso da coação na Prefeitura de Curitiba para que funcionários comprassem ingressos de até R$ 3 mil para um jantar em Santa Felicidade. A censura imposta pela Justiça ao Plural também foi citada pelo ex-governador Roberto Requião (Mobiliza).

Pimentel foi questionado por estar com Bolsonaro e ser de direita, e foi igualmente criticado por Cristina Graeml (PMB) como se fosse “de esquerda”. Luizão Goulart (Solidariedade) questionou o candidato por um levantamento do G1, segundo o qual a gestão atual cumpriu apenas 25% das promessas feitas anteriormente. Requião chamou Eduardo de “menino”e disse que a campanha dele na tevê parece filme da Disney.

Quem mais bateu, porém, foi Ney Leprevost (União), que embora não tenha conseguido fazer nenhuma pergunta diretamente a Eduardo passou o tempo todo espicaçando o adversário.

Pimentel respondeu sempre dizendo que a agressividade seria sinônimo de falta de propostas e preferiu não responder com agressões.

Ducci e o PT

Luciano Ducci (PSB), não por acaso, foi o segundo mais criticado – já que aparentemente é o possível adversário de Eduardo no segundo turno. Leprevost insistiu o tempo todo que Ducci está cercado de comunistas e socialistas. Cristina Graeml também o todo todo se referiu a ele como “candidato de Lula”. E Requião bateu não só em Ducci como no próprio Lula.

Ducci preferiu dizer que tem orgulho de sua coligação e que a proximidade com o governo federal vai fazer com que ele tenha mais condições de trazer recursos e obras para a cidade.

Requião e Cristina

Curiosamente, Roberto Requião e Cristina Graeml fizeram uma dupla durante boa parte do debate. Um levantava para o outro cortar, e os dois diziam que a eleição é um processo falho porque seus partidos não têm dinheiro nem tempo de tevê.

Andrea Caldas

A candidata do Psol, como de costume, foi uma exceção ao fazer uma participação bastante ideológica, com um posicionamento claro. Ao contrário de outros candidatos, como Eduardo e Maria Victoria (PP), não se manteve dentro de respostas ensaiadas e ainda ganhou um curioso elogio de Ney Leprevost.

Ney Leprevost

Parecia mais agitado e mais animado do que em outros momentos. Criticou os dois líderes nas eleições com o óbvio intuito de tentar garantir uma vaga no segundo turno. Bem falante como sempre, chegou ao debate prometendo que ia “moer esse vagabundo”, sem dizer de quem estava falando. Não parece que tenha feito algo parecido com isso, mas de fato foi o mais agressivo.

Veja fotos do debate

Luizão cumprimenta Maria Victoria. Foto: Tami Taketani/Plural
Eduardo Pimentel. Foto: Tami Taketani/Plural
Roberto Requião. Foto: Tami Taketani/Plural
Ney Leprevost. Foto: Tami Taketani/Plural
Maria Victoria. Foto: Tami Taketani/Plural
Luciano Ducci. Foto: Tami Taketani/Plural
Goura Nataraj, vice de Ducci. Foto: Tami Taketani/Plural
Eduardo Pimentel. Foto: Tami Taketani/Plural
Roberto Requião. Foto: Tami Taketani/Plural
Ney Leprevost. Foto: Tami Taketani/Plural

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