Duas semanas antes do prazo, eleição de Curitiba ainda tem indefinições

Vices de Eduardo Pimentel e Ducci são as grandes incógnitas no momento e podem ser fundamentais na eleição

Faltando apenas duas semanas para que os partidos decidam oficialmente suas chapas, a eleição de Curitiba ainda tem pelo menos duas dúvidas importantes. Duas das principais candidaturas seguem com a vice em aberto, e os rumos tomados para decidir quem ocupará essas vagas pode influenciar também nos demais partidos.

O prazo para que os partidos realizem suas convenções termina no próximo dia 5. Em seguida, os partidos registram suas chapas oficialmente no Tribunal Regional Eleitoral e, a partir daí, as mudanças se tornam muito mais difíceis. A tendência, portanto, é que nos próximos dias as negociações sejam pesadas e intensas.

Eduardo Pimentel

A vice mais cobiçada segue sendo a de Eduardo Pimentel (PSD). Candidato escolhido por Ratinho Jr. (PSD) para a sucessão de Rafael Greca (PSD), o atual vice-prefeito pode ter tanto um bolsonarista quanto uma técnica do meio ambiente para completar a chapa.

Ratinho prefere que o vice seja o ex-deputado Paulo Martins (PL), sem mandato desde que decidiu abandonar a reeleição na Câmara para tentar o Senado. Derrotado por Sergio Moro (União), fez 1,9 milhão de votos e se tornou um nome importante do bolsonarismo em Curitiba.

Rafael Greca, porém, prefere que o posto fique com sua Secretária de Meio Ambiente, Marilza Dias. Distante do bolsonarismo, Greca não quer entregar o cargo para alguém do PL nem da extrema direita em geral.

Ratinho, que voltou de viagem ao exterior na semana passada, está no comando das negociações e deve decidir tudo ainda nesta semana, antes da convenção do PSD que deve lançar oficialmente o nome de Eduardo Pimentel.

Goura e Ducci

No outro lado, a chapa de Luciano Ducci (PSB) luta para conseguir que o PDT confirme Goura como vice da “frente ampla” de centro esquerda que inclui também o PT. No entanto, o partido de Ciro Gomes vem sendo assediado também por Roberto Requião (Mobiliza), que conseguiu apoios importantes em Brasília.

Goura não esconde que prefere ver o partido junto com Ducci e o PT, mas a palavra final pode caber a Carlos Lupi, presidente do PDT nacional, que pode vetar a coligação.

Desistências

Ainda há quem acredite que alguns candidatos possam desistir de última hora, principalmente por pressão do governo do estado. Ney Leprevost (União) e Beto Richa (PSDB) são os alvos preferenciais de Ratinho, que gostaria de livrar Eduardo Pimentel de outros candidatos à direita. Mas o próprio Roberto Requião e Luizão Goulart (Solidariedade) poderiam desistir por falta de apoios.

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