Ducci e Ney pedem para a PF investigar coação de servidores na prefeitura de Curitiba

Candidatos querem investigação sobre assédio moral e financeiro, caixa 2, abuso de poder eleitoral, uso da máquina pública e extorsão

Os candidatos à prefeitura de Curitiba Luciano Ducci (PSB) e Ney Leprevost (PSD) pediram para a Polícia Federal investigar a coação de servidores municipais de Curitiba, que foram obrigados a fazer “doações” para a candidatura de Eduardo Pimentel (PSD). Nesta terça-feira (1º), o Plural e portal Metrópoles divulgaram áudios que mostram o superintendente de Tecnologia da Informação da prefeitura, Antônio Carlos Pires Rebello, faz pressão para servidores doarem até R$ 3 mil para a campanha de Pimentel.

Ducci esteve na sede da Superintendência da PF em Curitiba, no bairro Santa Cândida, para protocolar um pedido de investigação. “Estamos aqui na Polícia Federal para protocolar um pedido de investigação contra assédio moral e financeiro campanha do Eduardo Pimentel contra os servidores públicos municipais. Um absurdo cobrar R$ 3 mil de cada servidor para um jantar para um fundo de campanha”, disse Ducci. Um assédio como esse não é permitido, não é legal. Nós queremos que a Polícia Federal investigue a fundo”.

Ouça a gravação da coação aos servidores

Já a campanha de Leprevost pediu uma investigação sobre caixa 2, abuso de poder eleitoral, uso da máquina pública em prol de um candidato e extorsão. “Eu preciso prestar a minha solidariedade às servidoras e aos servidores públicos de Curitiba. Estamos pedindo investigação da Polícia Federal para apurar o alcance deste triste caso revelado pela imprensa nacional e local. Uma situação que devemos repudiar profundamente e que, certamente, não ficará sem a resposta enérgica das autoridades”, afirmou Leprevost.

Na reunião com servidores, que foi gravada, Rebello disse tinha recebido “uma incumbência” para arrecadar fundos para a campanha de Pimentel e citou o secretário municipal de Administração, Alexandre Jarschel de Oliveira, que teria se reunido com representantes da campanha de Pimentel. O superintendente estabeleceu três cotas, nos valores de R$ 750, R$ 1.500 e R$ 3 mil, de acordo com o cargo ocupado pelos servidores, para um jantar de adesão à campanha de Pimentel, realizado no dia 3 de setembro, no restaurante Madalosso.

A prefeitura exonerou Rebello na terça-feira e disse que ele tomou agiu com base em seu “julgamento pessoal”. Os recursos, no entanto, foram o Diretório Estadual do PSD, o partido de Pimentel, o prefeito Rafael Greca e o governador Ratinho Júnior. Depois disso, foram repassados para as campanhas de Pimentel e de vereadores que apoiam a candidatura do atual vice-prefeito.


Sobre o/a autor/a

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima