Eleições 2024: rejeição é fator primordial na disputa entre Pimentel e Graeml

Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD) disputam preferência dos curitibanos, mas com perfis parecidos, o que for menos rejeitado deve obter vantagem

Até o fim da campanha eleitoral neste segundo turno em Curitiba ainda serão divulgadas onze pesquisas, conforme adiantou o Plural. Os dados mais recentes mostram disputa acirrada entre os candidatos e, segundo especialistas, a rejeição pode ser fator primordial para definir o pleito.

De acordo com o professor Achiles Junior da Uninter, doutor em Tecnologia e Sociedade, a proximidade do perfil dos candidatos Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD), ambos de direita, fará com que a rejeição impacte no resultado.

“Nesse momento a rejeição tem mais impacto, fato esse que se observa na última semana de campanha. O índice de votos brancos e nulos deve ser grande, uma vez que os dois candidatos possuem uma linha muito próxima: direita. Sendo assim, a rejeição é um indicativo direto da competição entre os candidatos e pode galvanizar a base eleitoral”, explica o especialista.

Eduardo aumenta vantagem sobre Cristina em Curitiba, indica AtlasIntel

Nas últimas semanas, semelhante ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Graeml começou a atacar a imprensa – embora ela mesma seja jornalista – e se negou a participar de entrevistas. A estratégia é se posicionar como uma candidata “fora do sistema”.

Já Pimentel tenta reforçar a imagem de experiência como secretário de Estado e vice-prefeito, mantendo a moderação.  

De acordo com o professor Achiles Junior, o fato de Graeml ter desbancado nomes tradicionais da política e avançado ao segundo turno se dá por diversos fatores, especialmente redes sociais. “O crescimento exponencial do nome da candidata se deve muito ao desgaste natural em relação ao grupo político que está no poder há anos em Curitiba, que mesmo possuindo um grau de aprovação alto, cai na narrativa natural de mudança, para os mais experientes, remete a campanha de Jamil Nakad: ‘chega dos mesmos’ e logicamente aliado ao fato de ser a primeira candidata mulher a chegar a um segundo turno na capital paranaense”.

No Instagram, por exemplo, Graeml tem 675 mil seguidores contra 77,9 mil de Pimentel. A presença digital fez diferença para a candidata, que tinha pouco tempo de TV no primeiro turno.

“Esse fato mostra a força das redes sociais, uma vez que a candidata teve pouco espaço na mídia tradicional, o que por sua vez se tornou algo positivo, pois assim ‘passou batida’, sem sofrer desgaste por parte dos oponentes. Uma verdadeira surpresa da democracia digital”, argumenta o professor.

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