Em último debate, Cristina Graeml e Eduardo Pimentel passam quase duas horas se agredindo verbalmente

O último debate do segundo turno em Curitiba levou poucos minutos para se transformar em uma longa série de agressões entre os dois candidatos. Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD) passaram os quatro blocos do debate da RPC acusando […]

O último debate do segundo turno em Curitiba levou poucos minutos para se transformar em uma longa série de agressões entre os dois candidatos. Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD) passaram os quatro blocos do debate da RPC acusando um ao outro de terem sido desonestos e desleais, de serem agressivos e de não saberem o que vão fazer caso sejam eleitos.

Cristina Graeml começou, curiosamente, com aquilo que a direita costuma chamar de “mimimi”: insistiu durante vários minutos que o oponente tem medo de que uma mulher assuma a Prefeitura de Curitiba; disse que está sendo agredida sendo mulher; e chegou a perguntar o que a mãe do vice-prefeito, já falecida há oito anos, pensaria sobre a agressão que ele comete contra uma candidata mulher.

A candidata também aproveitou o fato de que Eduardo Pimentel está atualmente na gestão e cobrou a falta de ação em algumas áreas. Falou da falta de 10 mil vagas em creches; da fila de 240 mil pessoas esperando por exames e consultas no SUS; e perguntou sobre a tarifa de R$ 6,00 cobrada atualmente dos curitibanos – a mais alta entre as capitais do país.

Já Eduardo Pimentel passou a maior parte do debate tentando fazer a candidata adversária explicar propostas para alguns temas, sabendo que ela não tem detalhamento sobre nada. Perguntou sobre transporte coletivo, sobre a proposta dela de cobrar mais de quem faz viagens mais longas; quis saber dela qual era o porcentual do orçamento destinado à saúde (ela não soube dizer), e qual seria a linha a ser percorrida pelo VLT que ela promete (ela também não soube dizer).

O candidato também fez seu papel de vítima, assim como Cristina. Disse que a candidata é agressiva contra ele, que não o respeita e que não tem evidências sobre aquilo que fala; perguntou o que teria acontecido caso o filho mais velho dele tivesse visto as propagandas mais agressivas feitas pela campanha dela.

Ao longo das quase duas horas, os dois candidatos quase não apresentaram mudanças em relação aos dois debates anteriores, se resumindo a estratégias de desconstrução do adversário. No total, Cristina Graeml fez onze pedidos de resposta, dos quais apenas um foi aceito pelo jurídico da RPC. Pimentel, embora tenha dito que se sentia agredido, não fez nenhum pedido do gênero.

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