O diretório estadual do PMB decidiu declarar neutralidade e não está apoiando a própria candidata à prefeitura de Curitiba, Cristina Graeml, no segundo turno contra Eduardo Pimentel (PSD). O novo diretório assumiu após a presidente nacional do partido, Suêd Haidar, destituir a direção estadual, por não concordar com a candidatura de Cristina.
O novo presidente do PMB do Paraná, Irineu Fritz, confirmou nesta quinta-feira (24) ao Plural que o partido não está apoiando Graeml. “A executiva estadual do partido optou pela neutralidade, ate porque a maioria de seus membros não é de Curitiba”, afirmou Fritz.
Em setembro, o presidente do PMB no Paraná quando a candidatura de Cristina foi lançada, Fabiano dos Santos, foi expulso do partido. Ele teria publicado um vídeo acusando a legenda de extorquir filiados para beneficiar a presidente nacional. Santos participa da campanha de Cristina Graeml e nesta semana acusou o partido de “se vender” para apoiar o candidato Guilherme Boulos (PSOL) na eleição em São Paulo.
“Não temos por que apoiar o Eduardo ou a Cristina, senão teríamos aque apoiar candidaturas em 52 municípios onde existem comissões provisórias do PMB. Não temos nem Fundo Eleitoral, nem Fundo Partidário”, disse o novo secretário-geral do PMB no estado, Marcello Sampaio. “A majoritária em qualquer situação é a nacional, as direções estaduais são comissões provisórias, não são diretórios eleitos. As comissões provisórias são retiradas quando o dirigente nacional decidir retirar”, afirmou Sampaio sobre a destituição da direção estadual.
Cristina Graeml obteve o direito de concorrer com base em uma liminar concecida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma ação movida pelo diretório municipal do PMB. O TSE ainda não julgou o mérito da ação, o que abre a possibilidade para a candidatura de Cristina vir a ser impugnada.