Pesquisas em Curitiba apontam resultados diferentes. Mas todas preveem segundo turno

Nos últimos dias foram divulgadas três pesquisas de intenção de voto, cada uma com um resultado 

Ao longo dos últimos dias foram divulgadas três pesquisas de intenção de voto, cada uma apresentou um cenário diferente para a eleição de Curitiba. Em duas delas Eduardo Pimentel (PSD) aparece na dianteira. Já na outra, Pimentel (PSD), Ducci (PSB), Leprevost (união) e Requião (Mobiliza) se encontram tecnicamente empatados.

As pesquisas quase simultâneas e com números tão diferentes confundiram o eleitorado. Mas especialistas dizem que isso é normal, e não necessariamente indica que algum dos levantamentos tenha problemas.

O único ponto em comum entre as pesquisas é que a capital do Paraná terá um segundo turno nessas eleições municipais. Na pesquisa da Quaest/RPC, divulgada na terça-feira (27), os quatro primeiros colocados na corrida pela prefeitura estão empatados. 

Nela o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD) tem 19% das intenções de voto. Seguido de Requião (Mobiliza), Luciano Ducci (PSB), ambos com 18%. Ney Leprevost (União) também estava na disputa com 14%. 

O empate técnico entre os candidatos se deve porque a margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais para mais ou para menos, a situação de empate existe quando a diferença entre dois candidatos é inferior ou igual a 6 pontos.

Já o levantamento do instituto de pesquisas IRG, divulgado um dia depois (28) mostra Eduardo Pimentel na liderança com 28% das intenções de voto, seguido de Luciano Ducci com 16% e Ney Leprevost com 14,6% tecnicamente empatados. Nesta pesquisa, o ex-governador Roberto Requião pontuou apenas 10%.

Ainda na quarta-feira (28) uma pesquisa da Atlas Intel bagunçou ainda mais o cenário ao colocar uma nova candidata no páreo. Pimentel também está na liderança neste levantamento com 38,2% das intenções de voto.

Depois estão empatados tecnicamente, na margem de erro de 3 pontos percentuais, Luciano Ducci (PSB), com 12,3%, Roberto Requião (PMN), 10,5%, e Ney Leprevost (União), 9,8% e Cristina Graeml (PMB), 11,6% que apareceu empatada com os demais candidatos pela primeira vez nesta pesquisa.

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Com cenários tão distintos, a incerteza sobre o futuro das eleições em Curitiba aumenta e levanta um questionamento sobre como essas pesquisas são feitas.

Segundo o sociólogo, fundador e diretor do Instituto Opinião Pesquisas, Arilton Freres, as pesquisas de opinião têm duas funções: informar os eleitores e servir de termômetro para as candidaturas. “Num cenário político, o eleitor nem sempre vota no candidato que gosta ou apoia. A vezes em que o eleitor vota ‘para eliminar um mal maior’. Neste cenário as pesquisas servem para munir o eleitor de informações. Já para os candidatos elas servem como um termômetro para suas campanhas”, diz Freres.

Pelo número de entrevistados e recorte temporal das pesquisas, o esperado era que os resultados fossem minimamente parecidos. Para Freres o que justifica a diferença de resultados em cada uma das pesquisas são as metodologias empregadas em cada uma das pesquisas. “Falta uma regulamentação clara do TSE com relação às metodologias de cada pesquisa. Num cenário ideal para saber se uma pesquisa é confiável é preciso olhar a metodologia dela.  Se foi feita presencialmente, por telefone ou pela internet e se os entrevistados refletem os recortes populacionais da cidade em proporção de gênero, classe social e escolaridade”, diz.

É possível que o cenário projetado pelas pesquisas também se altere nos próximos dias com o início do horário eleitoral gratuito. Por ora, os que as pesquisas têm em comum é que possivelmente a capital do Paraná terá uma eleição municipal disputada em dois turnos.

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