Os professores estaduais decidiram na noite desta quarta-feira (5) encerrar a greve iniciada na última segunda. Em assembleia no início da noite, com cerca de 4,3 mil participantes, 63% decidiram encerrar o movimento e manter a categoria em estado de greve. A paralisação foi convocada para tentar impedir a aprovação do projeto que autoriza a terceirização dos serviços administrativos em 204 escolas, aprovado na Assembleia Legislativa do Paraná nas sessões de segunda e terça-feira desta semana.
A oposição ao governo Ratinho Júnior (PSD) tentará agora barrar a implantação do programa Parceiro na Escola no Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de uma Ação Direita de Inconstitucionalidade (ADI). Ontem, o ministro do STF Kassio Nunes negou um pedido da bancada de oposição para impedir a implantação do programa. Segundo o deputado estadual Professor Lemos (PT), uma nova ação será preparada assim que a nova lei for publicada no Diário Oficial do Estado.
Os deputados da oposição pedirão ainda ao Ministério da Educação (MEC) para que o repasse de recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) para a iniciativa privada seja barrado.
De acordo com o APP-Sindicato, todas as escolas do estado aderiram à paralisação na segunda-feira, de maneira parcial ou total. Segundo o governo, 87% das escolas funcionaram normalmente na segunda-feira. Ontem, 97% das escolas teriam funcionado.
Foi definido ontem que o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) farão audiências de conciliação entre o sindicato e o governo do estado. As audiências serão amanhã e na segunda-feira.