Aumenta número de registros de nascimento sem nome do pai em Curitiba

Em 2023 os cartórios contabilizaram 998 crianças nascidas sem nome do pai no registro

Em 2023 nasceram 998 crianças em Curitiba cujo registro não tem o nome do pai. Isso significa um aumento de 9,9% em relação ao ano anterior, quando 908 bebês ficaram sem nome do pai nos documentos.

Constar a paternidade no documento garante ao filho como pensão, herança, planos de saúde etc.

Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil apontam que entre 2016 e 2023, o número de nascimentos caiu 21,2% em Curitiba, enquanto a quantidade de crianças sem o nome do pai no registro cresceu 2069,6%, mesmo em um cenário de aumento dos reconhecimentos de paternidade, que foram registrados 28 casos em 2023.

Paternidades

Neste ao houve uma proposta para facilitar a inclusão da paternidade nos documentos durante os debates do código civil. O anteprojeto prevê registro imediato da paternidade a partir da declaração da mãe quando o pai se recusar a realizar o exame de DNA.

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Atualmente, além do exame de DNA, o reconhecimento de paternidade pode ser feito diretamente nos cartórios de registros civis. Quando a iniciativa é do próprio pai, basta que ele leve a certidão de nascimento do filho (e que a mãe concorda, caso a pessoa seja menor de idade).

Em casos em que o pai não reconheça o filho, a mãe pode indicar o suposto genitor no cartório, que informa o judiciário para que se inicie o processo de investigação de paternidade.

Outra modalidade é a paternidade socioafetiva, desde 2017, quando mesmo sem vínculo biológico há relação afetiva entre criança e pai. Neste caso o genitor biológico precisa concordar, assim como a mãe, e a criança precisa ter 12 anos ou mais.

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