Curitiba teve 41 casos de importunação sexual em transporte coletivo registrados pela Guarda Municipal (GM) em 2023. Os dados são da Secretaria Municipal de Defesa Social e foram encaminhados para o gabinete da vereadora Maria Leticia (PV), que divulgou o levantamento.
As estatísticas apontam que houve 50 registros de ocorrências deste tipo em 2022 e 41 em 2023. A estatística da GM, no entanto, não é detalhada porque embora haja espaços para identificação de gênero, etnia/raça e gênero das vítimas nos registros das ocorrências, grande parte não é preenchida. Isso atrapalha a construção de políticas públicas municipais para proteção das pessoas importunadas, que via de regra são mulheres.
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A percepção é corroborada em pesquisa. A cada quatro mulheres no Brasil, uma já passou por importunação ou assédio sexual dentro do transporte público, segundo dados do Instituto Patrícia Galvão.
Curitiba
Conforme os dados da Secretaria Municipal de Defesa Social, em Curitiba o bairro onde mais houve registros de importunação foi o Novo Mundo, seguido do Boqueirão, Capão Raso, Sítio Cercado e Tingui.
Em 2021 foi aprovada e sancionada a Lei que instituiu a “campanha de combate à importunação sexual no transporte coletivo do Município de Curitiba”, de autoria de Maria Leticia, que prevê ações educativas e repressivas para combater o assédio no transporte público.
“Para um homem um ônibus é só uma maneira de transporte. Para as mulheres o ônibus representa um espaço de risco. E o biarticulado é onde acontecem mais casos de importunação sexual”, declarou a parlamentar durante a sessão desta quarta-feira (22) na Câmara de Curitiba.
Como denunciar
E caso de assédio ou abuso sexual em ônibus testemunhas e vítima podem acionar a Guarda Municipal por meio do telefone 153 ou a Polícia Militar por meio do 190. Também é possível registrar boletim de ocorrência diretamente na Casa da Mulher Brasileira.
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