Ao chegar nos arredores do prédio da Polícia Federal, já se pode ouvir os sons da bateria compassada. A música vem da Vigília Lula Livre, instalada no local desde a prisão do ex-presidente Lula, há mais de 400 dias.
A movimentação atípica concentra manifestantes favoráveis à soltura do ex-presidente, e acontece em razão do julgamento de um habeas corpus que pede a anulação do julgamento no caso do tríplex. O pedido, que partiu da defesa de Lula, acusa imparcialidade de Sérgio Moro durante o caso.
Julgamento na segunda turma
“Nossa expectativa é que, de fato, a denúncia de que havia um interesse político no processo da Lava Jato, seja reconhecida”, salienta Daiane Machado, integrante da coordenação da Vigília no dia.
Por volta das 16h, um pequeno grupo de manifestantes protestou em frente à Justiça Federal, e depois retornou à Vigília – a ideia é que a militância se concentre no local. “A ideia era fazer uma intervenção e uma denúncia, faz parte de uma defesa nacional de Lula”, salienta Daiane.
Os manifestantes devem ficar reunidos na Vigília até o fim do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A matéria está sendo julgada pela segunda turma, o pedido de suspeição de Moro deverá ser votado após decisão sobre outro habeas corpus, que contesta uma decisão do ministro Felix Fischer, do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).