De acordo com o Censo da Educação Superior de 2022, pulicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), há mais de 51 mil idosos matriculados no Ensino Superior no Brasi. Isso também mexe com o perfil dos estagiários.
No Estado, por meio do Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR), duas idosas, moradoras de Curitiba e Paranaguá, uniram a experiência de vida com a nova etapa na carreira ao estagiar.
Vera Lucia Maria de Araújo tem 61 anos e cursa psicologia. Atualmente estagia na área de terapias integrativas e se prepara para o mercado de trabalho. “Sempre me senti atraída pelas atividades que favorecem a prevenção de doenças e formas de tratá-las. Lá atrás, não pude me dedicar nessa área, mas hoje compreendo que minha missão é estar em contato com as pessoas e, de alguma forma, ajudá-las por meio do meu conhecimento e profissão”, diz Vera.
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Aos 64 anos Teresinha Roselaine da Rosa Santana, moradora de Paranaguá, está em seu primeiro estágio na área de pedagogia. Ela conta que nos primeiros dias chegou a se envergonhar por conta da diferença de idade das colegas, mas a meta de conquistar o diploma de Ensino Superior fez com que continuasse.
“O ambiente de trabalho para mim é uma benção. Estou me adaptando bem e fui aceita pelos alunos. O estágio é mais um aprendizado para minha vida”, comenta.
Carreira
De acordo com o CIEE, vagas de estágio ocupadas por estudantes com mais de 60 anos são benéficas não só para quem busca experiência na nova profissão, mas também para as empresas, que têm um perfil de estagiários comprometido.
“Para as empresas, esse público complementa a energia e inovação dos mais jovens, ao que os mais experientes compartilham conhecimento e geram um ambiente de trabalho mais colaborativo que impulsiona o resultado das equipes”, explica a supervisora do Centro de Serviços Compartilhados do CIEE/PR, Ilsis Cristine da Silva.