Missionário é perseguido por homens armados no Paraná, afirma Cimi

Embora o missionário não tenha sido ferido, o Cimi critica a atuação do Governo Federal e a falta de proteção aos indígenas no local

Um membro do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) foi perseguido por um grupo de homens armados na região oeste do Paraná, no último sábado (13). A Cimi divulgou uma nota falando sobre o caso, que é mais um episódio de violência contra indígenas no Estado.

O missionário estava no território indígena Guasu Guavira, que fica entre as cidades de Terra Roxa e Guaíra. Ele se dirigia à comunidade Avá Guaraní e, segundo o Cimi, foi abordado e perseguido por homens armados.

“Os Avá Guarani, há décadas, reivindicam a demarcação de suas terras originárias. O governo federal – e seus sucessivos governantes – negligenciam esses direitos, estimulando fazendeiros, granjeiros e outros segmentos da sociedade a agirem criminosamente contra as comunidades. Eles ameaçam e atacam seus lugares de refúgio, em geral, localizados às margens de áreas de proteção permanente (APP), que se quer estão dentro dos espaços de plantio daqueles que promovem a violência contra os indígenas”, disse o Conselho.

Críticas ao Governo Federal

Embora o missionário não tenha sido ferido, o Cimi critica a atuação do Governo Federal e a falta de proteção aos indígenas no local. “Na região, as Polícias e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) estão ausentes, ou em número reduzidíssimo de agentes, expondo indígenas e seus apoiadores às ameaças e violências de fazendeiros e seus capangas”, afirma a organização.

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Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, desde janeiro portaria do Ministério da Justiça autorizou o trabalho da Força Nacional no território, que fica entre as cidades de Altônia, Guaíra e Terra Roxa e está em processo de regularização fundiária, de acordo com o Ministério dos Povos Indígenas.

O Cimi também citou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para “assumir o dever de atuar com firmeza”.

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