Na manhã desta quinta-feira (27) a Polícia Militar do Paraná (PMPR) cumpriu ordem de reintegração de posse em um imóvel na Rua 13 de Maio, 843, em Curitiba. O local estava ocupado por mulheres do movimento Olga Benário, da Unidade Popular (UP). Ninguém foi presa.
O local está ocupado desde o feriado da Páscoa e tornou-se um Centro de Referência Rose Nunes para atendimento de mulheres em situação de vulnerabilidade. Nesta segunda havia duas mulheres abrigadas e outras 25 que usavam o local como apoio.
O prédio pertence à Sociedade Paranaense de Pediatria, que entrou na justiça para retirar as ocupantes. No início do mês a PM apresentou o plano operacional para a retirada das pessoas e classificou a operação como “de grande envergadura”.
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Às 6h40 ao menos 60 policiais chegaram ao local. As mulheres não resistiram e saíram pacificamente. “Foi completamente arbitrária a decisão, porque solicitamos que o caso fosse encaminhado para a Comissão de Conflitos Fundiários do TJ (Tribunal de Justiça), ao Ministério Público (MP), e isso não foi feito. A Defensoria só soube porque viu nas redes sociais”, critica a advogada do movimento de mulheres, Luana Ganio.
Saída
Apesar da saída pacífica, o movimento vai se manifestar nos autos do processo e pode levar a questão ao Supremo Tribunal Federal (STF), conforme Ganio.
As pessoas que estavam abrigadas no local foram cadastradas pela Fundação de Ação Social (FAS) para obter assistência. As demais mulheres que utilizavam o local como apoio serão orientadas pelo próprio movimento. “Não houve respeito às mulheres e às pessoas vulneráveis, não fomos avisadas sobre a reintegração”, lamenta a advogada.
A ordem de reintegração foi cumprida pelo 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM) e não houve registro de pessoas feridas.
Brasil
Em todo Brasil o movimento de mulheres da UP tem 23 ocupações semelhantes, cujo objetivo é denunciar a ineficiência do Estado em oferecer políticas públicas de moradia e assistência para população vulnerável.
Sobre o/a autor/a
O parana tem se tornado o pior estado pra se viver por causa desta extrema direita vampira que acha que esta numa monarquia e por isso ta nem ai para MP ou TJ! Virou uma “ilha de repressão”, ora com estes militares, ora com estas privatizações pra poder abrigar mão de obra barata explorando funcionários e o povo oferecendo um serviço caro, de péssima qualidade pra superfaturar e a tal elite da “monarquia” estar sempre usando do dinheiro pra se manter no poder.
É sempre aquela “história” do interesse coletivo versus o particular, neste caso o de uma ” Sociedade ” mas a pergunta que não quer e não deve jamais calar; com tantos imóveis públicos abandonados e que podem servir a estes e outros interesses coletivos, porque invadir logo um ” privado ” ??