IFPR estuda suspensão do calendário acadêmico por causa da greve

Conselho Superior do IFPR se reúne nesta quinta-feira para definir se atividades serão suspensas

Nesta quinta-feira (25) o Conselho Superior (Consup) do Instituto Federal do Paraná (IFPR) se reúne para decidir se o calendário acadêmico será suspenso em virtude da greve dos servidores técnicos e professores.

De acordo com dados do comando de greve, além de Curitiba que tem adesão de mais de 95% e da reitoria com adesão parcial em 30%, municípios da Região Metropolitana também têm servidores em greve. Em Campo Largo a estimativa é que 70% estejam parados, 90% em Pinhais e em Colombo 75% dos técnicos, além de 95% dos professores.

Além do IFPR, servidores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Universidade Federal do Paraná (UFPR) também estão em greve por avanços na carreira e melhorias salariais.

Calendário

Nas universidades ainda não há indicação de que conselhos analisarão a suspensão do calendário acadêmico, já no IFPR é possível que isso ocorra já na próxima semana.

O Consup vai deliberar sobre dois cenários: o primeiro pela manutenção do calendário, ou seja, os dias letivos seguem contatos normalmente – são obrigatórios 200 dias. “Os conteúdos didáticos, entretanto, deixam de ser trabalhados. Findada a greve, os docentes repõem apenas os conteúdos não ministrados, não havendo necessidade de reposição dos dias letivos em greve”, publicou a instituição no site oficial.

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Se o Conselho optar pela suspensão nenhum dos campi manterá as atividades – isso impactará cerca de 29 mil alunos em todo Paraná. Neste caso os dias-letivos precisam ser repostos, o que pode mudar também o período de férias.

Independente da decisão do Conselho as atividades dos servidores técnicos são realizadas apenas para serviços essenciais, conforme acordos entre direções dos campi e comandos de greve.

Entenda

Servidores técnicos as universidades e institutos federais de todo Brasil entraram em greve em 11 de março.  No Paraná há cerca de 12 mil servidores em 46 municípios.

Entre as demandas dos grevistas técnicos estão melhorias salariais, reajustes nos vales e reestruturação da carreira.

O Governo Federal apresentou, na última semana, proposta de aumento de 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026.

Tanto o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), quanto o Sindicato Nacional dos Docentes Instituições de Ensino Superior (Andes), consideraram a proposta insatisfatória, por isso as greves foram mantidas.

No caso dos técnicos, os servidores tiveram avanços: reajuste do auxílio-alimentação, que foi d de R$ 658 para R$ 1 mil; reajuste de 51% no montante destinado ao valor do per capita da Saúde Suplementar (considerando a faixa de idade e de renda do servidor); e reajuste no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321 para R$ 484,90. O documento que formaliza este compromisso será assinado nesta tarde, em Brasília.

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